quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

TCC

Ao meu ver foi o trabalho mais difícil de ser construído. Mas agora observando o resultado, parece incrível que consegui terminar! Agradecer a professora Natália e a tutora Márcia parece muito pouco, pois foram incansáveis para nos auxiliar. Quando conversava com a professora Natália, saía do encontro com uma calma que não é comum a minha pessoa, mas ao ficar sozinha na frente do computador, toda angústia e desespero retornavam. Quero também ressaltar a sutileza da professora Natália, ao corrigir meu trabalho, escrever com caneta colorida, sem usar a tão inesquecível caneta vermelha (utilizada para corrigir redações), o incentivo que ela sempre usava para iniciar seus comentários. São pequenas coisas que fazem muita diferença num momento tão delicado como este de escrever um TCC. Somente um verdadeira MESTRA possuí estas qualidades. A tutora Márcia também foi essencial nesse momento, pois sempre nos dedicou seu tempo, sempre proferiu palavras de incentivo e serenidade nos instantes mais conflituosos. Para finalizar gostaria de dizer que a presença de vocês nesse momento final de Graduação foi imprescindível e que Deus escolhe as pessoas certas nos momentos certos. Deus ilumine a vida de vocês com muita paz, sabedoria e saúde.

REFLETINDO SOBRE MINHA GRADUAÇÃO

Ao sentar em frente ao computador, lembrei-me de que em agosto de 2006 - iniciava uma nova jornada em minha vida. Cheia de aprendizagens, alegrias, tristezas, ausências, mas que hoje estão mais próximas do final. Analisando a pessoa que iniciou essa Graduação, sem nenhum conhecimento em informática e que hoje está mais autônoma frente a essa máquina - foi um grande progresso!
Quanto a minha prática em sala de aula, possuía experiência, conhecimento( através dos erros e acertos), mas quanto a teoria muito pouco sabia e também não tinha incentivo para procurar. Hoje já não reconheço aquela professora, pois aprendi muito com os grandes mestres que por mim passaram e só tenho a agradecer a todos eles. Ao grande mestre Silvestre Novak - meu eterno agradecimento, pois foi ele que nos deu a mão e nos incentivou nesse longo caminho. Quantas vezes estivemos para desistir, para enlouquecer e nosso querido amigo e professor, lá estava com muita paciência e sabedoria pedindo que continuássemos, tudo iria terminar bem. A amada professora Geny, sempre amorosa, com aquele jeito protetor, sorrindo quando queríamos chorar, dando uma palavra de consolo quando já estávamos sem chão. A nossa professora Luciane por tanta paciência e tolerância quando estávamos exaltados. Ao professor Eliseo que sempre demonstrou muito conhecimento mas de uma maneira simples, nos ensinou como podemos sempre melhorar. A todos os professores só posso dizer muito obrigado e que Deus sempre ilumine seus caminhos, muita paz, saúde e alegria em suas vidas.
A todas as tutoras que dispensaram seus momentos para atender a nossos apelos, diante de tantas novidades, com imensa paciência em auxiliar cada uma de nós conforme nossas necessidades.
Enfim muito obrigado a todos que de uma forma ou outra estiveram presentes nessa jornada!!
Hoje tenho condições de unir prática e teoria em minha vida profissional. Estou num momneto de profunda angústia, por uma jornada que está prestes a terminar e também por querer encontrar meios de modificar muitas coisas dentro de minha escola, que percebo não estarem de acordo com uma instituição de ensino. Sei que não irei resolver tudo, ninguém consegue, mas se tiver condições de ajudar alguns a melhorarem para que nosso ambiente fique mais agradável para trabalhar já estarei contente. Aprender sobe tantos assuntos nesse longo período de estudos, me fez perceber como o ser humano é egoísta, pois todos aprendem - para modificar, para melhorar, mas poucos são os que aplicam realmente seu aprendizado.
Minha formação profissional não terminará por aqui, ainda quero fazer uma Pós- Graduação na área de Alfabetização e Letramento, para poder melhorar cada dia mais e dessa forma beneficiar mais ainda meus alunos.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Diferenciação entre avaliação “classificatória e “mediadora”.

Avaliação classificatória é aquela que atribui nota ao aluno, apresenta um caráter seletivo e competitivo e não atende aos propósitos da avaliação da aprendizagem e da educação. É um instrumento estático e frenador do processo de crescimento, não aponta as reais dificuldades dos alunos e dos professores, não propõe encaminhamentos, discrimina e seleciona, além de fragmentada desvincula-se do processo ensino-aprendizagem. Enquanto que a avaliação mediadora é aquela que pode ser realizada através dos mais variados instrumentos, até mesmo por provas e testes, desde que sejam encarados como elementos integrantes do processo ensino-aprendizagem. A avaliação mediadora deve ser usada como diagnóstico, acompanhamento e mediação da aprendizagem, pois o aluno aprende toda hora: na dúvida, na pergunta, no relacionamento entre colegas, no conteúdo trabalhado em turma,na dúvida ou explicação do colega. Relendo o texto"O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar”,lembrei de dois professores que entraram na escola o ano passado, docentes inovadores que fazem trabalhos diferenciados, que fazem as crianças pesquisarem e após apresentarem para os colegas, demonstrando suas aprendizagens. Porém eles não possuiam o hábito de aplicar provas para avaliação final. A equipe diretiva não conseguia entender como era possível professores avaliarem seus alunos apenas com trabalhinhos. Então foi pedido aos professores que tentassem aplicar provas para que dessa maneira pudesse existir instrumentos para mostrar aos pais o "nível de aprendizagem" dos filhos. "A avaliação escolar é reducionista quando fica reduzida a momentos estanques, não se caracterizando como um processo contínuo, presente em todos os momentos da atividade escolar, é um processo reducionista quando se detém no aspecto cognitivo da aprendizagem, e reduz-se, ainda mais, quando privilegia a memorização em detrimento dos outros aspectos da inteligência, é reducionista quando valoriza a utilização do instrumento prova ou exame e quando o ato de avaliar reduz-se a uma apreciação final do desempenho do aluno para fins de classificação, como se este ato não se constituísse parte integrante do processo educativo".

Visão unilateral da avaliação.

A visão unilateral da avaliação é aquela que torna certo que apenas um dos pólos seja avaliado por todos - o aluno. Uma proposta de avaliação centralizadora e autoritária como a que se percebe normalmente no cotidiano escolar é uma proposta antidemocrática e se concretiza pelo poder que o professor detém sobre o aluno. É o professor que constitui peça fundamental para dinamizar e contextualizar o processo avaliativo ou torná-lo retrógrado.
O professor ainda ocupa um papel de destaque na dinâmica do processo ensino-aprendizagem, é na escola que o professor concretiza sua prática pedagógica determinada por sua experiência, seus valores, seu comprometimento, seu contexto social e onde vivência múltiplas interações.
O professor desenvolverá suas próprias estratégias de ensino e usará sua capacidade e criatividade para a avaliação. Ele vive num ambiente complexo e desenvolve no seu cotidiano pedagógico uma atividade também complexa- a avaliação na aprendizagem. É verdade que muitos professores não apresentam um entendimento claro sobre o verdadeiro significado e funções da avaliação, no registro em seus planos, onde esta aparece prescrita apenas como obrigação burocrática e formal. Apesar de demonstrarem uma postura anti-tradicional, na prática o que acontece mesmo é, na sua maioria, aplicação de provas e testes com base nos aspectos cognitivos e privilegiando a memorização; não desenvolvendo, portanto, o pensamento, o raciocínio e a capacidade de criação e de reflexão. Quando iremos renovar verdadeiramente nossa educação e nossa forma de avaliar os alunos??

O menininho

Era uma vez um menininho...


Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.

Uma manhã, a professora disse:

- Hoje nós iremos fazer um desenho.

"Que bom!"- pensou o menininho.

Ele gostava de desenhar leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos...

Pegou a sua caixa de lápis-de-cor e começou a desenhar.

A professora então disse:

- Esperem, ainda não é hora de começar !

Ela esperou até que todos estivessem prontos.

- Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores.

E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.

A professora disse:

- Esperem ! Vou mostrar como fazer.

E a flor era vermelha com caule verde.

- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.

O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor.

Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso...

Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora.

Era vermelha com caule verde.

Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, a professora disse:

- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.

- "Que bom !"!!!. Pensou o menininho.

Ele gostava de trabalhar com barro.

Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões.

Começou a juntar e amassar a sua bola de barro.

Então, a professora disse:

- Esperem ! Não é hora de começar !

Ela esperou até que todos estivessem prontos.

- Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.

"Que bom !" - pensou o menininho.

Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.

A professora disse:

- Esperem ! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem começar.

E o prato era um prato fundo.

O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostou mais do seu, mas ele não podia dizer isso.

Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.

E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora.

E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.

Então aconteceu que o menininho teve que mudar de escola.

Essa escola era ainda maior que a primeira.

Um dia a professora disse:

- Hoje nós vamos fazer um desenho.

"Que bom !"- pensou o menininho e esperou que a professora dissesse o que fazer.

Ela não disse.

Apenas andava pela sala.

Então veio até o menininho e disse:

- Você não quer desenhar ?

- Sim, e o que é que nós vamos fazer ?

- Eu não sei, até que você o faça.

- Como eu posso fazê-lo ?

- Da maneira que você gostar.

- E de que cor ?

- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber o que cada um gosta de desenhar ?

- Eu não sei . . .

E então o menininho começou a desenhar uma flor vermelha com o caule verde...

Autoria: Helen Buckley
Relendo esse texto, relembrei como nós os professores podemos "esmagar a imaginação e a criatividade de nossos alunos. A importância de termos sensibilidade para reconhecer e auxiliar aquelas crianças que não conseguem acompanhar no mesmo ritmo os seus colegas. Esse ano recebemos em nossa escola um aluno de 18 anos com Síndrome de Down, veio de uma escola onde tinha boas notas em todas as disciplinas e era bem aceito por todos os educadores. Mas infelizmente o mesmo não aconteceu ao chegar em nossa escola, pois alguns professores ainda não conseguem assimilar a Inclusão e procurar meios para poder trabalhar com eles. Resultado: o menino só tira zero nas provas de matemática,sua mãe queixa-se de que ele agora não consegue nem fazer continhas de multiplicação da tabuada do 2.Dia desses ele reclamou para a monitora que o ajuda no reforço dessa disciplina, que jamais tirou zero em matemática. E agora o que fazer para que esse menino volte a ter sua autoestima novamente?O que fazer com esses professores que se recusam a aceitar os alunos com necessidades especiais. Visualizei o nosso aluno no momento em que reli esse texto. A monitora está tentando trabalhar a matemática com ele através de jogos.Segundo ela está dando pequenos resultados. Mas ao retornar para sala nada muda.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

APRENDIZAGEM


Sempre fui uma pessoa que apresentava muitas dificuldades para desenhar, representar pessoas então, eram somente aqueles bonequinhos com corpinho de palitinho. Cresci assim, e o tempo passou, quando iniciei no magistério vi essa dificuldade se acentuar, pois com as crianças pequenas precisamos muito do desenho para que eles façam associação com a letra. Mas o tempo sempre curto nos dois sentidos, fez essa dificuldade ser deixada para depois.
Recebemos na escola a visita de um professor de desenho, veio divulgar seu trabalho com as crianças, e ao mesmo tempo ofereceu uma oficina para os professores.
Quando ele chegou na sala, perguntou quem sabia desenhar, ninguém levantou a mão. Trocou a pergunta, quem não sabia desenhar, todos ergueram a mão. Então ele disse que todos iriam sair desenhando, risadas geral. Imaginem, quem desenhou a vida inteira bonecos de palitinhos, em uma aula desenhar pessoas!!
Esse professor usa uma técnica bem interessante, usa letras para fazer os desenhos, quer dizer, parte de algo que a pessoa está sempre visualizando, letras existem por todos os lados.
Iniciou com os olhos, e ao mesmo tempo pedia que nós fizéssemos na nossa folha, foi brincando, rindo, quando me dei por conta tinha feito o primeiro boneco ( com pernas e braços) da minha vida. Após passamos para o Ronaldinho Gaúcho, uma menina, um dragão, um coelhinho,índio (Pica-pau) Homer Simpson e para finalizar um sapo. A cada desenho eu vibrava e me encantava, algo que eu sempre quis fazer e num passe de mágica, lá estava eu, DESENHANDO.
Fui a aluna mais empolgada da aula! Quando o professor terminou sua aula, e iniciou nossas caricaturas, peguei um cartão que ele trouxe, e desenhei um menino que lá estava. Mostrei a ele e recebi elogios. Três dias depois ele retornou na escola, e mostrei três desenhos que havia feito( Bob Esponja, Puka, Smillingüido), ele elogiou-me novamente e comentou que eu sabia desenhar sim, só não sabia disso, havia bloqueado em algum momento e não tinha conseguido sublimar essa dificuldade. Piaget (...) de que conhecimento é ação, transformação e estabelecimento de relações, pois, “conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo....”
Aprender ou re-aprender a desenhar, depois de tantos anos foi novamente na escola que obtive essa oportunidade, talvez no mesmo lugar em que fui podada ( não lembro), uma aprendizagem individual e coletiva ao mesmo tempo, coletiva porque estávamos trocando idéias e sugestões, individual, porque eu estava agindo sobre o objeto de aprendizagem, estava estabelecendo relações das letras para formar as partes do corpo humano, do animal, enfim partindo de algo já conhecido, mas transformando-o ao mesmo tempo.
O mesmo ocorre com o jogo, no momento em que a criança interage com seus pares para trocar informações, discutir regras,estabelecer relações e agir sobre algo que já conhecem para transformá-lo, é dessa maneira que se forma a aprendizagem dos indivíduos.

domingo, 7 de novembro de 2010

ESCOLA DA PONTE

O derrubar das paredes libertou alunos e professores da rigidez dos espaços tradicionais, marcaram a ruptura com o modelo tradicional de organização da escola, que considerávamos não respeitar as individualidades e não favorecer o sucesso de todos. Todo o espaço está a disposição de todos os alunos, ao longo de todo o tempo de funcionamento da escola, sem consideração de classe e sem consideração de anos de escolaridade.
Grupo de iniciação é o grupo das crianças que irão aprender a ler, escrever e ser gente. Os mais novos não permanecem continuamente neste espaço, partilham outros que recebem o nome de áreas de expressão. Esse grupo se distingue dos outros devido ao modo de se fazer a planificação e por existir uma maior intervenção dos professores.
Grupo de transição, é o grupo no qual as crianças permanecem apenas o tempo necessário para reconstruírem os seus itinerários de aprendizagem- também dispõe de um recanto para que as crianças possam reencontrar consigo e com os outros. Quando vêm crianças de outras escolas, entram neste grupo, pois elas precisam de tempo e de um tipo de atenção que lhes facilitem a recuperação da auto-estima e uma integração plena na comunidade que as acolhe.
Grupo de consolidação,são crianças que têm mais condições de planejarem e examinarem os conhecimentos adquiridos através dos estudos, sendo em pequenos e grandes grupos.
O professor neste projeto é o fomentador de curiosidades, o orientador na resolução de problemas. O professor é alguém que ajuda a resolver problemas, que estimula as crianças, que confia em suas potencialidades. O professor não se impõe pelo seu estatuto, assume tarefas de estímulo e organização.
O professor tutor estimula o aprendizado é o protetor das crianças.
A avaliação das aprendizagens é feita quando o aluno sente-se preparado para tal. A auto-avaliação acontece quando alguém sente necessidade de manifestar ou aplicar conhecimentos adquiridos, expôr competências.
A promoção escolar - verifica-se quando a criança revela competências de auto-planificação e avaliação, de pesquisa e de trabalho em pequeno e grande grupo. Aos primeiros planos, elaborados pelos professores, sucedem-se esboços de planificação que cada aluno vai aperfeiçoando, até atingir a capacidade de prever uma gestão equilibrada dos tempos e dos espaços de aprendizagem.
A função do professor tutor é de orientar as atividades de acordo com os interesses dos alunos e auxiliá-los na construção do seu conhecimento.
AS responsabilidades dos alunos são:a organização de meios e a gestão do bem-estar são de responsabilidade coletiva, de acordo com as categorias de tarefas a que se dá o nome de responsabilidades.
EX:o cumprimento das tarefas;atualizar e organizar os murais; zelar pelo bem-estar de todos no período do recreio; responsabilidades pelo material comum; cuidar do terrário; cuidar e zelar pelos jogos recreativos; cuidar do acervo da biblioteca, etc. De quinze em quinze dias, os grupos de todas as responsabilidades apresentam na Assembléia o relatório com tudo o que fizeram da sua responsabilidade, durante esse período.
A caixinha de segredos é o local onde as crianças depositam um recado, sempre que pretendem conversar em segredo com algum professor, permite manter e aprofundar cumplicidades entre alunos e professores e, assim, reequilibrar afetivamente os alunos.
A assembléia da escola tem um aspecto mais formal e abrangente. Obedece uma convocatória que estabelece os assuntos a tratar, cujo tratamento e conclusões são registrados em ata no final de cada reunião. Serve para preparar projetos, resolver conflitos, estudar os relatórios das responsabilidades.
O jornal da escola É um importante dispositivo de comunicação, dá notícia de tudo o que se passa na escola e na comunidade envolvente. Os textos da quinzena, são adaptados aos projetos em curso e às características de cada nível de desenvolvimento e servem de referência para todos os alunos.
Na comissão de ajuda são as crianças ou os próprios professores que ajudam os educandos com mais dificuldades a superar suas dúvidas.
O cartaz do “eu já sei/ eu preciso de ajuda” é uma espécie de relatório em que cada criança registra o que fez, o que não fez, o que aprendeu ou não aprendeu. A possibilidade de escolha pessoal do que se inscreve no plano do dia é, por sua vez, subordinada ao plano da quinzena.
A associação dos pais serve como interlocutora sempre disponível e um parceiro indispensável. Essa associação garante também, o funcionamento da cantina, a realização de atividades de férias para as crianças, a aquisição de equipamentos essenciais ao desenvolvimento do projeto.
Os direitos e deveres das crianças - Na escola da ponte as crianças podem estudar e brincar; podem escolher o que querem aprender no dia-a-dia. Devem no início de cada aula preparar seus planos diários, podendo ser acrescentados mais atividades se o tempo permitir; devem cuidar para que seus objetivos sejam alcançados, e também ajudar algum colega que ainda não conseguiu atingir os próprios objetivos; seguindo e respeitando os direitos e deveres elaborados por todos.
A caixinha dos textos inventados é equivalente ao texto livre, porém ele resulta da procura, seleção e tratamento de informação do que é exposto nos murais. Servindo de orientação para algum trabalho se alguém precisar.
O currículo elaborado é entendido como um conjunto de situações e atividades que vão surgindo e que alunos e professores reelaboram conjuntamente.
Penso que no Brasil estamos muiot distante de implementar uma Escola da Ponte, pois nossa cultura ainda é arraigada no contexto de que os alunos precisam dos professores para "aprenderem". Muito pelo contrário acredito que nós temos muito para aprender com eles. Iniciando pelo mundo virtual, as crianças estão luzes a nossa frente e muitos docentes ainda querendo que seus alunos decorem tabuada, respondam cinquenta perguntas para a prova, tudo sem significado e que dificilmente irá trazer bons resultados para eles. Será que ainda alcançaremos 50% do magnífico trabalho desenvolvido por alunos e professores na Escola da Ponte???
Minha intenção em escrever sobre a escola da ponte é para analisar a grande diferença em que se encontra Escola da Ponte das escolas brasileiras. Nossos docentes são tãos resistentes em trabalhar com o lúdico em suas aulas o que dirá de uma forma tão independente como a implantada em Portugal. Sem sombra de dúvidas que esses professores precisam pesquisar muito para que possam auxiliar seus discentes, acho que fomos e somos "ensinados" a apenas passar conteúdos e para que esse dilema acabe, é preciso um longo caminho e professores que estejam dispostos a mudar sua metodologia em sala de aula.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Conhecimento e aprendizagem

Entendo que o conhecimento é adquirido quando o indivíduo interessa-se pelo estudo, aprende mais com a prática do que com teorias, muitas vezes conhecemos pessoas que não possuem estudo algum, mas tem um conhecimento de mundo que escola nenhuma pode dar. Isso acontece devido a cobrança que o mundo, a sociedade impõe sobre o ser humano.

Quanto a criança, observo que o conhecimento não é transmitido pelo professor, o aluno só o adquire quando passa a interagir com o mesmo, quando sai de agente passivo para o ativo. Os jogos nesse caso ao meu ver são os melhores meios para que essa interação ocorra.

A aprendizagem ocorre com mais facilidade quando a criança traz consigo o desejo de aprender, de conhecer, de experimentar, de analisar, ou seja, de interagir no seu processo de aprendizagem.

O processo de aprendizagem deveria ser construído desde os primeiros anos da criança, o mesmo deveria receber estímulos que fortalecessem seu desejo, sua curiosidade, sua vontade pelo aprender.

Penso que o processo de ensino, deveria ser voltado para o estímulo de nossos educandos, os mesmos deveriam trazer em si “o desejo de aprender” e na escola deveria encontrar meios de aumentar esse desejo. Mas, no entanto, o que acontece na maioria das vezes, é o contrário, as crianças não encontram a motivação necessária para que esse processo aconteça.

São dado conteúdos desconexos, os quais os alunos nem sabem para que servem ou no que irão aproveitar, isso tudo acaba fazendo-os desmotivar-se no aprender, na busca de um processo que deveria ser tão significativo.