quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Comênio "pai da didática"



Incrível ler o texto de Jan Amos Comênio, pensar que há 352 anos existiu uma pessoa tão interessada em modificar os rumos da pedagogia em sala de aula. Melhorando o trabalho do professor e estimulando a criatividade e interesse dos alunos. A luta de Comênio parece tão atual;compreender as necessidades e capacidades de cada indivíduo- ainda vivemos numa instituição que precisa "medir" o quanto as crianças sabem, aprenderam através de provas. O que eles querem aprender ou para que não importa, é preciso seguir os conteúdos. A igualdade do ensino para todos, estamos em 2009 e ainda não conseguimos chegar nesse patamar, será porque é mais útil para os poderosos terem grande número de analfabetos, para facilitar a manipulação!
A realidade dos alunos, pois segundo ele, a aprendizagem deve partir dos sentidos, da percepção, da experiência de cada um; esse é outro contra-ponto na aprendizagem a exigência para que os docentes tenham uma Graduação para que melhorem sua didática, sua práxis, parece estar surtindo tantos efeitos, pois após o recebimento dos diplomas tudo volta a ser como sempre foi.Professores despejando conteúdos, alunos escutando( não estou generalizando), estou escrevendo o que eu percebo nesses meus 10 anos de docência.
O bom relacionamento entre alunos e professores, fator de estimável valor quanto mais as crianças possuirem um laço afetivo com seus professores melhor o desenvolvimento cognitivo( se não houver outros agravantes).
Enfim Comênio foi e continua sendo uma presença forte entre educadores que esperam mudar sua prática e a de seus alunos.

Um comentário:

Unknown disse...

Oi Ana Beatriz! Gostei de perceber que conhecer as idéias de Comênio tenhas te sentido convidada a refletir sobre elas. As preocupações do “pai da Didática” se fazem presentes no nosso fazer pedagógico e muitos desafios ainda precisam ser vencidos. O que te convido a pensar é sobre os discursos pedagógicos que, muitas vezes, parecem tão atuais e que na realidade já foram produzidos há muito tempo, permanecem em voga e que nós desconhecemos de onde eles derivam... Assim, levanto a seguinte pergunta: será que o novo e necessariamente melhor que o velho? Vamos em frente, mas sabendo que as coisas não se desenvolvem em uma única direção e que é importante revisitar o passado para buscar subsídios para transformar o presente sem a ilusão de que estamos “inventando a roda”. Grande abraço! Professora Caroline.