quarta-feira, 9 de abril de 2008

Seminário Integrador IV

SÍNTESE – REFLEXIVA

Interessante como ficamos apreensivos, ao ouvir a palavra”avaliação-apresentação”, seja para fazer uma prova escrita ou para uma apresentação oral.
Penso que esse medo, desconforto está associado a lembranças passadas, onde uma prova ou avaliação, determinava o nosso sucesso( aluno inteligente) ou por outro lado nosso fracasso(aluno com problemas de aprendizagem, fraco), aquele papel dava nosso veredicto final, passava para o ano seguinte ou repetia tudo de novo( para ficar mais forte).
O engraçado é que ainda estamos arraigados a este pensamento, digo isso porque no dia de nossa avaliação(03/01/08), quando cheguei no pólo e ao conversar com minhas colegas de curso, senti e algumas deixaram escapar assim como eu o seu nervosismo, a nossa angústia em saber se daríamos conta do recado, se seríamos aprovadas com sucesso em mais um semestre. Num momento como este é que podemos nos colocar na pele dos alunos.
Apesar de ter passado um final de ano somente lidando com doença, preparei-me para tal apresentação, mas enquanto minhas colegas apresentavam seus trabalhos, mais minha angústia aumentava. Será que realmente estava preparada para tal apresentação, o que será que os professores e colegas achariam de minhas colocações, algo que também constrangeu -me foi a presença de um professor-convidado, o qual não tínhamos noção de quem seria, nem qual seria sua expectativa em relação a nós alunas-professoras.
Tenho facilidade em conversar com meus alunos, em pequenos grupos, mas no momento em que tenho que me expor num grande grupo ou como no caso apresentar perante uma banca de professores que possuem um conhecimento bem maior que o meu, toda uma caminhada em busca de um conhecimento, senti as pernas tremerem e pareceu-me que a voz iria me abandonar.
Mas tinha em foco, relatar sobre o caso do meu aluno( que foi o meu desafio no ano de 2007), e parece que consegui passar meu recado.
Foi um caso difícil, mas contei com a ajuda da professora Ana Maria Rangel(UFRGS), Alfabetização aos seis anos - curso de extensão que muito me ajudou no trabalho com meus alunos e principalmente com o aluno considerado “problema na escola”. Analisando esses meses de estudo, posso escrever que muitas coisas mudaram em minha vida profissional, pessoal, e que estou tendo condições de auxiliar mais e melhor meus alunos e até contribuir com o setor pedagógico, contribuindo com um embasamento mais teórico, minha fala com os responsáveis das crianças já possui um outro teor, e isso tudo devo aos professores deste curso que tanto tem nós presenteado com seus conhecimentos, suas atividades, que nos fazem a todo momento analisar e re-pensar nosso processo didático. Tenho hoje um olhar diferenciado para o aluno que apresenta dificuldades de aprendizado, antes achava que ele (aluno) não estava com vontade de estudar, hoje posso perceber alguns pontos (problemas)que não tinha sensibilidade para diagnosticar e muito tem me ajudado no trabalho individualizado de meu aluno.
Sei que muito tenho para aprender, ou melhor passamos a vida e não aprendemos metade do que deveríamos, mas sei também que possuo muita vontade de aprender e de fazer a diferença na vida de meus alunos e que somente através de muita procura, de muita pesquisa é que conseguirei fazer com que isso aconteça.
Nesse ano tenho novamente dois desafios grandes(uma criança com Síndrome de Down, e um menino com desvio de comportamento e Síndrome do Pânico), espero poder novamente contar com todos os meus mestres e colegas, para que possa vencer com sucesso mais este desafio, como no ano anterior.
As interdisciplinas do semestre passado foram um elo entre o fazer com prazer, o lúdico em nossas vidas é maravilhoso, o aprender brincando tem outro sentido, e é isso que precisamos inserir em nossas escolas, para que todos os alunos possam ter prazer em aprender, que sintam vontade em voltar para a escola e lá possam ser sujeitos de sua aprendizagem, mas não com professores( aquele que manda, que faz de seu aluno um agente bancário), mas com educadores que sintam prazer em fazer diferente, eu pretendo sempre fazer parte destes educadores que fazem a diferença na vida destas pessoas tão pequeninas.

Um comentário:

Tutora Daisy disse...

Oi, Ana! Achei bem legal o seu trabalho, mas gostaria de fazer uma sugestão: evite postar todo o trabalho aqui no portfólio. Neste espaço, procure refletir:
*sobre os trabalhos realizados no PEAD em termos de conteúdos;
*sobre os trabalhos em grupo (organização, por exemplo);
*sobre as relações teoria e prática;
*sobre pesquisas realizadas, reportagens lidas, etc, e que tem relação com os conteúdos, experiências;
enfim sobre assuntos, experiências que te levaram a pensar, te deram novas idéias, das quais você concordou e por que ou discordou e por que, etc. Ok?
Abraço