Lendo a fase Indústria x Inferioridade de Erikson, relembrei a história de meu colega docente, que conta que quando entrou na escola aos 6 anos, estava louco para aprender a ler e gostava muito de olhar os gibis. Sua mãe ganhava das patroas e trazia para ele, que por sua vez escondia debaixo do travesseiro, pois seu pai adventista, dizia que os gibis eram livros que não prestavam. Ele conta que uma vez sua mãe trouxe vários gibis novos, e o pai descobriu foi até seu quarto e rasgou todos, mas num relance o menino pegou e guardou um, que segundo ele decorou de lado a lado. Percebo que aqui configura-se bem a fase descrita acima. Hoje ele com 33 anos, fez Graduação em Letras, vive com um livro debaixo do braço, devora tudo que vê, digo Lê tudo,tudo que puder; escreve muito, qualquer assunto, já serve para escrever páginas e páginas.
Segundo ele na escola encontrou uma professora que fez ele despertar também para o mundo da leitura e escrita.
Portanto como estudou Erikson, durante os anos da escola primária, o mundo da criança abrange mais do que o lar. As experiências escolares da criança contribuem de forma muito importante para o seu equilíbrio entre indústria e inferioridade.
Por conseguinte, se a criança irá formar um senso de indústria ou inferioridade, já não depende unicamente dos cuidados dos pais, mas das ações e iniciativas , dos outros adultos que interagem com ela. Acho que esse exmplo se encaixa bem nessa fase. E você que agora está lendo, o que acha???
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
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Um comentário:
Muito legal, Ana.
Como essas experiências marcam a vida e podem ser determinantes na história do sujeito...
Uma colega comentou algo assim também e eu contei que adorava química. Um professor conseguiu que eu passasse a odiá-la. Então, assim como um professor pode ajudar como no seu exemplo e marcar positivamente, outro pode marcar negativamente, como no meu caso, e, quem sabe, o mundo perdeu mais uma química. Ainda bem que me achei na Pedagogia, né?
Abraço
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