sexta-feira, 17 de abril de 2009

EU E OS OUTROS

É muito fácil falarmos dos outros,acharmos defeitos,falhas,dar elogios,criticar, enfim, "pimenta nos olhos dos outros não arde", como diz o ditado popular. Mas no momento que precisamos parar e analisarmos a nós próprios, é que percebemos que é mais difícil.
Nasci em 29 de junho de 1970, sob o signo de câncer. Recebi o nome de Ana Beatriz, segundo minha mãe uma lembrança de uma linda menina que ela cuidou quando moça. Infelizmente minha mãe teve um aborto, e teve alguns problemas, os quais a impossibilitaram de ter outros filhos. Resultado sou filha única, quando pequena não ligava, hoje com meus 38 anos, sinto muito falta de uma pessoa com a qual pudesse trocar confidências, dividir dores, enfim um mano(a). Ás vezes, sinto inveja quando ouço alguém chamar pelo irmão(a). Mas mesmo assim cresci num ambiente cercado de amor, carinho e proteção. Mesmo sendo única, tive que aos treze anos sair para trabalhar num comércio cerealista, depois em supermercado, perfumaria, escritórios(médico e contábil), loja de bijuterias,etc. Em 1999, fui nomeada professora em Gravataí. Sou morena clara( leite), cabelos castanhos, olhos castanhos, possuo muitos sinais no corpo, mas tenho um igual ao de minha mãe, no pescoço do lado direito. Sou alegre, emotiva(meu marido diz que choro ate por comercial de televisão), prestativa, adoro limpeza, odeio bagunça, procuro me esforçar para ter o melhor e dar o melhor para minhas filhas. Fui mãe aos 28 anos e recebi meu 1º tesouro- Mariana (11 anos). Aos 31 nasceu meu 2º tesouro- Nathália, ambas a razão da minha vida. Aos 34 anos faleceu meu pai aos 65 anos, foi uma perda muito grande que ainda hoje dói, a saudade é muito presente, e por uma triste ironia do destino, ele faleceu no mesmo dia que minha filha estava fazendo 3 anos, incrível como a vida nos prega peças, dois sentimentos num mesmo dia, alegria por minha filha completar mais um ano de vida, tristeza -por ser mais um ano sem meu pai. Ele era um porto muito seguro para mim, fiquei muito perdida, mas aos poucos a vida vai voltando a seu prumo. Tive em minha vida duas perdas muito significativas, aos 16 anos perdi minha vó( uma companheira e tanto, uma pessoa muito forte, muito esforçada, que sempre enfrentou seus obstáculos de cabeça erguida). Algumas características que herdei de meus pais: mãe – sorriso, espontaneidade, agilidade, rapidez em fazer a as atividades, cabelo ondulado, sinais no corpo, força de vontade, honestidade, humildade. Pai- o formato dos pés, unhas, o nariz, alguns traços na fisionomia, uma mania de fazer um biquinho( quando está pensando, ou preocupado). Até meus 25 anos, falava pelos cotovelos, depois comecei a observar mais do que falar( meu pai era assim). Com ambos aprendi a ter respeito por todas as pessoas, o espírito de colaboração e a humildade acima de qualquer coisa.

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