Tenho um aluno como já citei no fórum de necessidades especiais com Fibrose Cística, precisa tomar enzimas antes de suas refeições. Esse ritual, digamos assim acontece desde o ano passado(pré-escola) os colegas já sabem e ajudam a cuidar para ver se o menino toma seu remédio, hoje achei tão bonito, estávamos na biblioteca após o recreio, e um colega perguntou para o menino:
- Fulano, tomou teu remédio hoje?
- É claro que tomei.
- Mas eu não vi, acho que tu tá me enganando!
- Tu é que tá enganado, eu tô tomando direitinho.
E assim continuou o assunto. Fiquei contente em perceber que não existe a exclusão entre os pequenos, quem exclui infelizmente são os maiores e até os pais. Pessoas mal informadas que muitas vezes pensam que aquela criança que precisa tomar medicamento periódico, que possui um jeito diferente da maioria é um ser de outro mundo.Enquanto docentes procuramos orientar para que a inclusão seja cada vez mais aceita, mas fica difícil quando temos uma maioria bem preconceituosa lutando contra a nossa palavra. É bonito perceber o cuidado que eles têm com esse coleguinha, que precisa tomar medicamento, para não ir parar no hospital.Pena que toda essa pureza daqui a pouco acabe, e alguns venham a se tornar adultos maldosos, arrogantes e prepotentes.
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Um comentário:
Esse tema da inclusão é bem complexo e é interessante ilustrar casos que dão certo, inclusive entre os alunos. Abraço, Anice.
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