quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Sábado visitamos a Bienal, foi muito interessante, mas ao mesmo tempo me senti muito pobre culturalmente falando. Olhava as obras de JorgeMacchi, mas não entendia o que elas queriam expressar, sei que a arte não tem um fim, uma conclusão para cada peça. Mas é muito estranho entender uma obra(olhando para um travesseiro). Ou será que o travesseiro é uma evidência que o artista plástico nos apresenta, e as argumentações serão nossas interpretações??
As obras de Francisco Matto, são mais interessantes, suas cores fortes, suas representações construtivistas, aproximam-se mais ao meu gosto pessoal.
Mesmo assim, entendi a necessidade de levarmos nossos alunos a esses lugares, eles precisam ter contato com a arte, conhecer as diferenças das obras dos artistas plásticos, saber interpretar os trabalhos artísticos,enfim aprender a interagir com o mundo, no qual estão inseridos. E tudo isso, nós professores podemos intermediar, pois muitos não tem condições de irem com seus familiares, até esses locais.
Tanto Jorge Macchi como o Francisco Matto, trabalham com materiais recicláveis, nota-se que ambos possuem interesse em preservar a natureza, aproveitam os materiais que seriam jogados fora, para fazerem obras de arte. Por exemplo, jornais que são usados para a venda e sobrevivência de muitas famílias, o Macchi transforma em arte.Diga-se de passagem que um arte um pouco difícil de entender, mas mesmo assim arte.Francisco Matto, também usa materiais que são por muitos considerados lixo( madeira velha, papelão), o interessante é que sua obra é de fácil entendimento, pois ele pesquisou as culturas pré-colombianas e acabou realizando obras de arte muito bonitas. Ao mesmo tempo ele conseguiu unir a arte antiga com as linguagens contemporâneas, usando material reciclado, ao meu ver ficou lindo. Interessante como às vezes jogamos tanta coisa fora, e não passa por nossa cabeça, quanta obra de arte poderíamos construir com nossos alunos transformando assim a mentalidade dos mesmos, de que o "lixo" pode virar coisa bonita sim.
Penso que essas obras mostram aos nossos alunos, que ao nosso redor, tudo é útil e reciclável. E que com essa reciclagem, cuidamos e preservamos nosso meio-ambiente. Ao meu ver as intenções dos artistas não são muito fáceis de serem interpretadas, levando em conta as orientações dos mediadores da Bienal, certo que, ao observarmos um travesseiro (dentro de uma redoma de vidro), temos certa dificuldade em interpretar a intenção do artista com essa obra. Nas produções das obras acho que ambos tiveram preocupação maior com a idéia a ser transmitida do que com a estética do visual. O outro sentido contemplado além da visão, foi a audição, pois como não podemos encostar nas obras (não usamos o tato). Analisando o símbolo da Bienal e relacionando com a concepção dos Projetos apresentados, vejo que tem tudo a ver, pois é exatamente assim que ficamos em frente a algumas obras, com vários pontos de interrogações na cabeça. O que essa obra quer me dizer, o que o artista quer me fazer ver, entender?????

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Quem quer brincar?

Ontem assistindo a entrevista da psicopedagoga Tânia Fortuna, fiquei impressionada com suas colocações sobre a importância do brincar na escola. Como dizia Piaget: "Para a criança seu trabalho é o brinquedo."
Como ela diz, é muito difícil o adulto conciliar o animar, o divertir, enquanto trabalha.
"É através da brincadeira que acontece a conexão conosco e com o mundo."
Uma aula lúdica tem mais significado, portanto contribui mais para o aprendizado.
Segundo Tânia Fortuna, "alguns pais e professores acham que o uso de jogos na escola, desvaloriza os alunos, desqualifica o ensino.
A sociedade também valoriza mais o "ter" brinquedos do que brincar com os mesmos, então surgem estantes, prateleiras cheias de bonecas, carrinhos, ursinhos,etc, mas não são usados para o brincar, para o divertir-se sem regras.
Achei bem interessante, quando ela colocou que as bonecas tem mais ou menos 30.000 anos, e que no brincar com as mesmas, as crianças refletem uma relação de cuidado, de proteção, igual ao que os pais tem com os filhos, ou que as mesmas gostariam de receber. Percebo na brincadeira de escola, que algumas meninas demonstram um carinho, um cuidado bem grande com suas bonecas, outras já xingam, batem, em suas supostas "filhas", parece que retratando, aquilo que recebem em casa.
Uma pergunta bem pertinente na entrevista foi:
O brincar acaba quando ficamos adultos? Freud diz que "termos bom humor é uma forma de brincar, depois de adultos". Concordo com essa fala, pois como é bom contar uma piada, brincar de mímicas, etc. quando estamos num grupo de "pessoas adultas".
Aula Lúdica - estabelece para quem aprende e quem ensina, um clima de desafio, surpresa, faz com que o sujeito que dela participa sinta-se pleno.
Segundo Rubem Alves em "O Desejo de ensinar e a Arte de aprender", pág. 37 - O professor Pardal gostava muito do Huguinho, Zezinho e Luizinho, e queria fazê-los felizes. Inventou , então, brinquedos que os fariam felizes para sempre,brinquedos que davam certo sempre: uma pipa que voava sempre, um pião que rodava sempre e um taco de beisebol que acertava sempre na bola. Os patinhos ficaram felicíssimos ao receber os presentes e se puseram logo a brincar com os brinquedos que funcionavam sempre. Mas a legria durou pouco. Veio logo o enfado. Brinquedo pra ser brinquedo, tem de ser um desafio. Um brinquedo é um objeto que, olhando para mim, me diz: "Veja se você pode comigo!" O brinquedo me põe a prova. Testa minhas habilidades. Qualquer coisa pode ser um brinquedo. Não é preciso que seja comprado em lojas.

ARTES VISUAIS

O mais interessante na tela, ao meu ver, é o auto- retrato do pintor que parece estar desmotivado, desinteressado por tudo que está acontecendo na sala. Ele tem um olhar perdido, como se buscasse inspiração em outro lugar, muito distante dali, onde as cores fossem mais vivas e a alegria irradiasse por todos os lugares.
A infanta Margarida, também retrata um pouco caso com suas damas de honra, que toda a atenção lhe dispensam, para que a mesma tenha tudo a tempo e a hora.
A anã Mari-Bárbola, tem um semblante envelhecido, parece odiar ter que servir de( palhaça) para agradar a nobreza. Seu companheiro o anão Nicolás de Pertusato, descarrega no cachorro o chute que não pode dar nos demais.
Já o camareiro José Nieto, esta numa dúvida cruel, não sabe se sai ou não da sala, pois teme que alguma coisa saia errada com a infanta Margarida, e ele receba as culpas por não estar presente. Realmente é um ambiente totalmente sem graça, visto que naquela época as crianças eram mini-adultos sem direito a darem opiniões, somente respeitarem e serem subordinados aos adultos.

Seminário Integrador III

DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA

Ana Beatriz disse:Segundo o dicionário -Aurélio: evidência= qualidade do que é evidente ou incontestável, certeza manifesta.argumentação = ato ou efeito de argumentar, conjunto de argumentos, raciocínio pelo qual se tira uma conseqüência ou dedução.No início do filme pareceu tão fácil condenar aquele menino de 18 anos, era um \"assassino frio\",matou o pai com um canivete e pronto.Mas graças a uma dúvida manifesta em um dos jurados, as evidências começaram a cair por terra. Todos eram a favor de uma condenação, mas não sabiam ao certo o porque desta convicção, uns queriam condená-lo logo para poder ir assistir a um jogo, outros porque estavam cansados de estarem ali, julgando uma pessoa que tinha tudo para ser um marginal( nasceu numa família pobre, viveu num bairro de marginais, apanhou do pai no dia do crime, pronto, não tinha mais que haver dúvidas, era só condenar e tudo seria resolvido). Mas surge então esse jurado que passa a questioná-los e a provar que as evidências apontados no júri, não eram tão concretas quanto pareciam.( O canivete,não era tão raro assim, pois ele mesmo havia comprado um no dia anterior; o senhor idoso, manco não poderia ter sido tão rápido, a tempo de ouvir o corpo cair e correr até o primeiro andar a tempo de ver o menino correndo; a senhora que afirmou ter assistido o menino esfaquear o pai através da janela do trem, não conseguiria enxergar tão bem assim sem o óculos, que a maioria tira na hora de dormir e no escuro e bem difícil conseguir achá-lo com rapidez; e também fez o último jurado ver que pais e filhos tem problemas e não é por isso que todos saem matando seus genitores; e o mais importante na minha visão, em uma discussão dos jurados, um deles grita \"vou matá-lo, vou matá-lo\", provando também que em hora de raiva muitas vezes as pessoas dizem coisas absurdas, mas que não significa que serão efetuadas.O filme resumiu bem que na maioria das vezes, nós assim como a maioria dos jurados simplesmente vamos atrás das evidências,ou pior ainda, vamos atrás da maioria, sem analisarmos as argumentações, chegando a uma verdade nem tão verdadeira.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

"Os amigos não são medidos pelo tempo que os conhecemos, mas sim pelo tempo que eles nos dispensam quando o nosso coração está sofrendo."

Teatro

Na aula de teatro, fiquei impressionada com a animação da professora, ela nos passou uma segurança, uma tranqüilidade para trabalhar com o corpo, que ficou fácil fazer as atividades que ela pediu. Interessante vermos os colegas, que às vezes nós parecem tão calados, introvertidos, soltarem-se como se fossem folhas que se desprendem de uma árvore e ficam a vagar no ar. Sou uma pessoa que não gosto de apresentar-me em grande grupo, mas a professora direcionou o trabalho tão levemente que acabei participando sem nenhum constrangimento.

Para refletir

"Os homens não são iguais, nosso desejo é não possuir nada em comum.A natureza odeia a igualdade, ela ama a diferenciação do indivíduo das classes, das espécies."

Nietzche

Ludicidade e Música na escola

udicidade e Música na Escola

Ontem, 25/09, tivemos a primeira aula de Ludicidade e Música, ambas foram muito boas.A professora Valéria pediu que buscássemos a criança que estava adormecida em nós. Foi muito interessante, pois através das brincadeiras podemos descontrair e interagir com os colegas.Hoje fiz duas das técnicas passadas pela professora Valéria, como tinha muito vento, fiz as mesmas dentro da sala, percebi que alguns participaram ativamente das brincadeiras, enquanto outros ficaram encabulados em fazer os exercícios. (brincadeira do guli, guli), o interessante é que com a correria do cotidiano muitas vezes nos passam desapercebido alguns fatos que ocorrem entre as crianças e na brincadeira ficam tão evidentes.Mas a brincadeira mais aclamada foi aquela em que eles ficam livres pela sala e ao comando eles precisam achar companheiros para realizar o que foi pedido( duas palmas, três barrigas, quatro calcanhares,etc). Legal porque conforme a ordem, eles executam com os colegas que estão mais próximos e assim tem mais interação com todos da turma.
Depois da aula, fiquei analisando, que é preciso brincar mais com os alunos, e com certeza todo educador precisa despertar a criança que esta adormecida.Não sei se foi porque na minha infância, na escola brinquei muito pouco, às vezes acabo esquecendo que meus alunos precisam brincar e como é bom brincar, como ficamos mais leves, descontraídos.A aula de música também foi muito gratificante, pois relembramos mesmo que rapidamente de fatos que fazem parte de nossa vida e está diretamente relacionado com a música. Acho que não fomos muito felizes na apresentação da música do TATU, cada um cantou num ritmo, mas tudo bem estamos aqui para aprender e deixar a vergonha de lado