quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Consciência Fonológica

Consciência fonológica = é a habilidade de perceber a estrutura sonora das palavras, ou parte das palavras.
Segundo Lílian Nascimento, fonoaudióloga, há dois níveis nessa habilidade: a consciência de que a língua oral pode se segmentar em unidades, a frase se divide e unidadesm estas em sílabas e as sílabas em fonemas e a consciência de que essas unidades se repetem em diferentes palavras faladas.
Trabalhar com rimas, aliterações(repetição de fonemas numa frase, ou em frases ou versos seguidos),consciências sintática, silábica e fonêmica são habilidades relacionadas à consciência fonológica.
A consciência sintática é a capacidade de segmentar a frase em palavras e organizá-las numa seqüência com sentido.
Consciência silábica é a capacidade de dividir palavras em sílabas. A consciência fonêmica,é a capacidade de analisar os fonemas e de relacionar esses fonemas com as "letras" que os representam (última "etapa" que a criança precisa adquirir).
Para Lílian Nascimento, a consciência fonológica é diferente do método fônico de alfabetização. Músicas, poesias, parlendas e trava-línguas são recursos que podem auxiliar no desenvolvimento da consciência fonológica.
Mesmo sem ter teoria, aprendi com a prática e com a troca de experiâncias com outras colegas de alfabetização, a importância do trabalho com os diversos tipos de textos, mas a maneira de ensinar as crianças a pronunciarem as letras e as diferenças existentes entre elas eu adaptei conforme as necessidades foram surgindo, e ao meu ver deram certo até hoje, fazer o aluno perceber que quando falamos a letra M- nossa boca fica fechada, quando for o N- a boca fica aberta, a letra R - treme nossa garganta, com o L a língua bate nos dentes,etc, enfim parece bobagem ou método tradicional demais, mas não concordo, acho que é mais uma maneira de interiorizar essa consciência fonológica em nossos alunos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

EJA - Educação de Jovens e Adultos

Os alunos da EJA, são trabalhadores que vem em busca de uma formação por exigência do mercado de trabalho, buscando uma certificação e novas oportunidades, apresentam muitas dificuldades em decorrência do longo tempo fora da escola.
Algumas características desses jovens e adultos:
- Vem de outro turno e normalmente trazem muitas dificuldades sócio-educativas e multirepetentes.
- São os excluídos do ensino normal.
- Não tiveram acesso e ou permanência em sua escolarização na idade própria por N motivos.
- Possui sabedoria e experiência de vida.
- Apresenta cansaço, estress e pouca expectativa de vida, problemas familiares e financeiros.
- Possuem ritmo bastante diferenciado.
- Apresentam dificuldades de expressão oral e escrita.
- Usam uma linguagem coloquial.
As maiores dificuldades apresentadas em sala de aula e no cotidiano são:
- Conseguirem manter-se na escola.
- Diferença de idades( CONFLITOS).
- Alimentação.
- Falta de concentração.
- Problemas com drogas lícitas e ilícitas.
_ Dificuldades de assimilarem os conteúdos.
O insucesso na EJA, ocorrerá quando ela não contemplar as diferenças de classes sociais e culturais dos alunos nela inseridos. Quando os docentes não tiverem sensibilidade para resgatar a baíxissima auto-estima desses discentes.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Educação de Surdos

Anterior ao ano de 1500, as pessoas surdas eram consideradas como seres diabólicos, anormais, excluídas de toda a vida em sociedade. Na Idade Média o médico italiano Girolamo Cardano, declarou que os surdos poderiam ser ensinados a ler e escrever mesmo sem utilizarem a fala.
Em 1880, no Congresso Internacional em Milão, houve debates para saber quais dos métodos seria o melhor para ensinar os surdos, Língua de Sinais ou o Oralismo. Vários motivos levaram a escolha do método oralista entre eles a idéia de que sem fala não existe pensamento. Muitos países, juntamente com Europa, adotaram o oralismo puro, houve afastamento dos professores surdos permanecendo apenas os docentes ouvintes. Os 100 anos de predominância do oralismo obtiveram poucos resultados quanto ao desenvolvimento da fala, pensamento e aprendizagem dos surdos. Existia uma preocupação apenas com o lado clínico da surdez. A língua de sinais ocorria apenas em ambientes escondidos, devido a isso a língua de sinais nunca se extinguiu, permanecendo como língua na vida dos surdos.
Quando perceberam que os surdos podiam aprender, iniciaram pesquisas e experimentos de diferentes metodologias e formas adaptadas de ensino. Entre elas:
Oralismo = baseia-se na crença de que a língua oral é a única forma possível de comunicação e desenvolvimento cognitivo para o sujeito surdo. A língua de sinais atrapalha o desenvolvimento da oralização.
Na década de 60 = foi proposto o uso simultâneo da língua dos sinais associada om a oralização, surgindo o modelo misto" Comunicação total"- consistia no uso simultâneo de palavras e sinais, uso da língua oral e da língua sinalizada.
Stokoe, início dos anos 60, começa a comprovar que as línguas de sinais são uma língua legítima, cm status linguístico, completa e complexa quanto qualquer outra língua.
As contribuições de Stokoe: Bilingüismo = propõe o acesso dos sujeitos surdos a 2 línguas no contexto social e escolar. Nessa ideologia de bilingüismo as crianças surdas precisam ser postas em contato primeiro com pessoas fluentes na língua de sinais, sejam seus pais, professores, etc.
Pedagogia surda = Skliar(1999), se constituem um programa de pesquisa em educação, onde as identidades, as línguas, os projetos educacionais, a história, a arte, as comunidades e as culturas surdas, são focalizados a partir da diferença, do seu reconhecimento político. O surdo é reconhecido como um sujeito completo e não como um sujeito deficiente, a quem falta algo. A Pedagogia surda não valoriza aquilo que falta, mas a cultura visual dos surdos em suas práticas.
A partir da metade dos anos de 1990, é introduzido a língua de sinais no currículo de escolas para surdos, começa-se a demonstrar o respeito à diferença surda. É desejo dos surdos que as escolas respeitem a lingua e a cultura surda e os preparem para o mercado de trabalho e meio social.
A luta pela inclusão educacional é questionada pelos surdos devido a estes permanecerem sob o poder de professores ouvintes, os quais ainda não dominam a língua de sinais.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

MENINO SELVAGEM

Ao iniciar o filme do Garoto Selvagem, torna-se agressivo e angustiante a "caça" a essa criança que foi abandonada e esquecida na floresta por sua própria família, após terem tentado matá-la. O modo como foi capturado e aprisionado numa prisão suja e fria é totalmente desumano, se analisarmos na atualidade, porém naquela época era uma prática muito comum, pessoas que nasciam diferentes eram totalmente abnegadas quando não assassinadas por serem anormais, estarem fora do contexto social.
Sua exposição na rua, mostra bem o desprezo das pessoas e a falta de sensibilidade com os "diferentes",amarrado pelo pé, como se fosse um animal sendo levado para a exposição.
Graças a curiosidade e dedicação do doutor Itard, que não acredita na tese de Truffaut, que considera-o inferior a um animal e mais idiota do que seus pacientes em Bicêtre. Itard diz que essa reação é devido ao tempo em que ele viveu isolado da civilização, que pelo seu entendimento é possível sim educá-lo. Decide assumir a responsabilidade por sua educação e levá-lo para sua residência, onde é bem recepcionado por sua governanta, que o recebe sem preconceito, sem nojo, pois o menino está em estado lastimável, ela acaba fazendo o papel da "Mãe" que ele nunca teve o privilégio de conhecer, recebe atenção, carinho e paciência de mabos os lados. O doutor e sua governanta são incansáves na luta para educar Victor, nome que ele recebe dos dois. Itard usa o método de Skinner, estímulo- resposta, e aos poucos Victor começa a se integrar ao novo meio, já põe a mesa, come usando garfo, começa a caminhar mais ereto, usa sapatos, etc. Até mesmo a emoção o menino aprende a demonstrar, as anotaçõe sod médico demonstram alegria pelos avanços na educação de Victor e ao mesmo tempo certa tristeza em não conseguir fazê-lo pronunciar as palavras. Sua memorização é impressionante, mesmo sabendo que tudo que ele faz é em prol de uma recompensa. Achei bonito e ao mesmo tempo triste o momento em que o médico deu-lhe um castigo,ao acertar certa atividade Victor ficou esperando sua recompensa, qual não foi sua surpresa quando Itard colocá-o dentro do quarto escuro, o desepero do menino em saber que o que tinha feito estava certo então porque receber aquele castigo, para o médico foi a glória, queria que o menino pudesse entender a grandiosidade daquele gesto.
A tristeza do médico quando o menino foge para a floresta, mas fica muito evidente que ele não consegue mais adptar-se novamente aquele meio, não conseguia encontrar sustento no meio da floresta, foi até a cidade roibar galinhas, não subia mais nas àrvores, nota-se ai a sua adaptação a nova vida. Esse filme ao meu ver é bem o retrato do desrespeito a pessoa surda, nessa época tratada como um anormal, a insensibilidade da maioria das pessoas é gritante, o isolamento delas em instituições, longe de suas famílias como se fossem um fardo muito pesado, uma vergonha, uma desonra ter um familiar surdo, diferente em casa. Ainda hoe encontramos pessoas preconceituosas, mas que não chegam ao cúmulo de atirar pedras, nem amarrar os surdos pelo pé para andar nas ruas. Graças a Deus podemos hoje nos comunicarmos com essas pessoas e ao contrário, termos a honra de aprendermos a conhecer essa língua de sinais ainda tão pouco difundida na sociedade dos ouvintes.