segunda-feira, 16 de junho de 2008

Os planejamentos que estamos fazendo tanto em Estudos Sociais como em Ciências Naturais, estão servindo para que eu repense a importância de planejarmos com mais atenção, mais objetividade, na minha escola não trabalho com projetos, nem planejamento, penso no que vou dar e formulo na minha cabeça, não anotando no papel. Mas conforme vou fazendo as atividades em aula, anoto no meu caderno. Uma colega disse, que nunca mais tinha visto uma professora com caderno, posso não estar muito correta agindo desta forma, mas ao menos sei o que trabalhei com meus alunos, e o que eles realizaram com proveito ou não. Não uso livros em minhas aulas, mando para casa, para que os pais se quiserem usarem com os filhos. Procuro sempre inventar uma atividade diferente para que eles não fiquem somente na repetição de trabalhos. Estudos Sociais, me mostrou uma outra perspectiva de trabalho, pois eu fazia somente trabalhos mais voltados as datas comemorativas, percebi que é muito além disso. Que a criança precisa saber o que passa dentro de sua casa, do seu bairro, do município,etc. Saber valorizar suas origens,
Quarta-feira passada fiz um trabalho com meus alunos de 6 e 7 anos, de escrever palavras, tinha o desenho e junto as letras que precisavam usar, porém essas letras estavam todas embaralhadas. Começou a interação deles, pois um pedia ajuda para o outro, trocavam idéias sobre qual a letra que eles deveriam colocar naquele momento. Às vezes, eles me perguntava:
-Prô, que letra eu coloco agora?
-Qual a letra que tu acha que deve colocar agora?
E assim eles tinham que tentar solucionar o problema das letras sozinhos, claro que alguns não conseguiram, mas a grande maioria conseguiu escrever todas as palavrinhas. Foi muito legal ver o sorriso daqueles que conseguiam resolver o exercício sozinhos, quebravam a cabeça para tentar achar o local de cada letra, ajudavam os colegas, foi uma aula bem integrada, pois aqueles que não resolveram, receberam ajuda dos outros.
Acho que trabalhei com as perguntas inteligentes, pois não dei respostas, respondi com outra pergunta, fazendo-os pesquisarem, investigarem, apropriarem-se do conhecimento já adquirido para solucionar outro.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Terça-feira, cheguei na aula muito angustiada com a interdisciplina de Estudos Sociais, pois realmente não estava entendendo o trabalho que a professora Hilda havia solicitado. Fiquei chateada, pois o professor Silvestre não entendeu a minha pergunta, e sua fala me representou um xingamento, parecia que eu não queria fazer as atividades, me senti na pele dos alunos que muitas vezes são xingados pelo professor sem terem a chance de dizerem qual a sua dificuldade.
Mas depois que fomos para a sala com a professora, as idéias foram clareando mais. Ela me passou mais segurança, entendi melhor o que é para ser realizado. Interessante como muitas vezes diminuímos uma pessoa simplesmente pelo jeito como falamos, até agora não tive problemas com as interdisciplinas, neste semestre estou tendo mais dificuldades, e quando precisei de um esclarecimento recebi palavras duras, que me deixaram sentidas, pois não sou uma aluna, que estou a toda hora pedindo auxílio procuro me virar sozinha, deixar espaço para quem realmente precisa ir ao pólo todos os dias, e quando precisei não fui feliz.
Mas bola para frente que temos muito caminho para trilhar até chegar ao final do percurso.
Fiquei encantada com a aula que o professor Edson nos proprocionou na terça- feira(dia 03/06), com uma música muito simples surgiram trabalhos muito belos. Estamos tão acostumados a viver num corre- corre diário, que quando paramos para escutar uma música ou fazer uma atividade que nos faça descontrair até estranhamos. Muitas vezes é o que acontece com nossos alunos, quando paramos para fazer uma atividade diferente, eles mudam sua maneira de agir e muitas vezes a aula torna-se muito mais prazerosa, motivadora. Ás vezes esquecemos o quanto a aula de Ciências pode ser rica, ser instigadora, temos que esquecer essa velha mania de simplesmente passar atividades para as crianças, deixar que elas olhem as experiências nos livros, precisamos fazer elas participarem, pesquisarem, indagarem, dialogarem, enfim serem mais ativos em sua aprendizagem, dessa forma todos aprenderemos mais e melhor.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Acreditando na Educação

Gostaria de escrever sobre o programa Soletrando que acontece aos sábados no canal 12, apresentação de Luciano Ruck, sábado dia 31/05/08, aconteceu a final deste programa, e o vencedor foi um menino chamado Éder, que reside no interior de Minas gerais , ingressou na escola somente aos 8 anos, pois sua mãe não tinha como levá-lo para a escola que ficava muito distante de sua residência, casa essa muito precária, segundo ela algumas vezes até fome passou em companhia do filho. Esse menino concorreu com mais 27 estudantes, e na final ficou com competindo com duas meninas uma do Rio de Janeiro e outra do Paraná(estudante da Escola Militar- passou e primeiro lugar nas provas), mas mesmo assim ele mostrou que a escola pública e a pessoa com menos condições podem sim vencer na vida, através dos estudos e de forma muito honesta. Passei uma tarde muito emocionada, chorei com sua vitória, pois ~são de estudantes assim que o Brasil, o Mundo estão precisando, crianças, adolescentes que enfrentam tudo de cabeça erguida, e com muita força de vontade. São crianças como o Éder que nos fazem ter forças para continuar nessa batalha da educação. Batalha sim, pois estamos cada vez mais acumulando problemas e dificuldades em nossas salas de aula, e contamos somente conosco mesmo para resolvermos tudo. Valeu menino, que Deus sempre te ilumine e te dê forças para enfrentar todos os obstáculos que encontrares em tua vida.