segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Apresentação final

Dia 15/12, nos encontramos novamente para mais uma apresentação do workshop de Avaliação final. Assim como eu as colegas estavam ansiosas,nervosas, pois por mais que estejamos acostumadas com a apresentação oral, a palavra prova, apresentação, avaliação sempre deixam as pessoas angustiadas. Somente depois que apresentamos é que descansamos, eu ainda estou agitada esperando a resposta das outras interdisciplinas.
É interessante, nesse semestre tivemos uma cadeira que falou sobre avaliação, nas leituras vimos que não devemos apenas nos basear numa prova, para dar o avanço ou permanência do nosso aluno. Mas quando nos identificamos professoras - alunas, parece que é somente aquele momento que irá contar na nota final. Pode ser bobagem mas é assim que sentimos, podemos sentir na "pele", tudo que muitas vezes fizemos nossos alunos passarem.
Por incrível que pareça estamos na reta final, o estágio em 2010, depois o TCC, o segundo é o que mais me deixa angustiada. Mas sei que Deus irá nos proteger dando muita saúde, força e ânimo para mais esta jornada, que com certeza será VITORIOSA.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Consciência Fonológica

Consciência fonológica = é a habilidade de perceber a estrutura sonora das palavras, ou parte das palavras.
Segundo Lílian Nascimento, fonoaudióloga, há dois níveis nessa habilidade: a consciência de que a língua oral pode se segmentar em unidades, a frase se divide e unidadesm estas em sílabas e as sílabas em fonemas e a consciência de que essas unidades se repetem em diferentes palavras faladas.
Trabalhar com rimas, aliterações(repetição de fonemas numa frase, ou em frases ou versos seguidos),consciências sintática, silábica e fonêmica são habilidades relacionadas à consciência fonológica.
A consciência sintática é a capacidade de segmentar a frase em palavras e organizá-las numa seqüência com sentido.
Consciência silábica é a capacidade de dividir palavras em sílabas. A consciência fonêmica,é a capacidade de analisar os fonemas e de relacionar esses fonemas com as "letras" que os representam (última "etapa" que a criança precisa adquirir).
Para Lílian Nascimento, a consciência fonológica é diferente do método fônico de alfabetização. Músicas, poesias, parlendas e trava-línguas são recursos que podem auxiliar no desenvolvimento da consciência fonológica.
Mesmo sem ter teoria, aprendi com a prática e com a troca de experiâncias com outras colegas de alfabetização, a importância do trabalho com os diversos tipos de textos, mas a maneira de ensinar as crianças a pronunciarem as letras e as diferenças existentes entre elas eu adaptei conforme as necessidades foram surgindo, e ao meu ver deram certo até hoje, fazer o aluno perceber que quando falamos a letra M- nossa boca fica fechada, quando for o N- a boca fica aberta, a letra R - treme nossa garganta, com o L a língua bate nos dentes,etc, enfim parece bobagem ou método tradicional demais, mas não concordo, acho que é mais uma maneira de interiorizar essa consciência fonológica em nossos alunos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

EJA - Educação de Jovens e Adultos

Os alunos da EJA, são trabalhadores que vem em busca de uma formação por exigência do mercado de trabalho, buscando uma certificação e novas oportunidades, apresentam muitas dificuldades em decorrência do longo tempo fora da escola.
Algumas características desses jovens e adultos:
- Vem de outro turno e normalmente trazem muitas dificuldades sócio-educativas e multirepetentes.
- São os excluídos do ensino normal.
- Não tiveram acesso e ou permanência em sua escolarização na idade própria por N motivos.
- Possui sabedoria e experiência de vida.
- Apresenta cansaço, estress e pouca expectativa de vida, problemas familiares e financeiros.
- Possuem ritmo bastante diferenciado.
- Apresentam dificuldades de expressão oral e escrita.
- Usam uma linguagem coloquial.
As maiores dificuldades apresentadas em sala de aula e no cotidiano são:
- Conseguirem manter-se na escola.
- Diferença de idades( CONFLITOS).
- Alimentação.
- Falta de concentração.
- Problemas com drogas lícitas e ilícitas.
_ Dificuldades de assimilarem os conteúdos.
O insucesso na EJA, ocorrerá quando ela não contemplar as diferenças de classes sociais e culturais dos alunos nela inseridos. Quando os docentes não tiverem sensibilidade para resgatar a baíxissima auto-estima desses discentes.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Educação de Surdos

Anterior ao ano de 1500, as pessoas surdas eram consideradas como seres diabólicos, anormais, excluídas de toda a vida em sociedade. Na Idade Média o médico italiano Girolamo Cardano, declarou que os surdos poderiam ser ensinados a ler e escrever mesmo sem utilizarem a fala.
Em 1880, no Congresso Internacional em Milão, houve debates para saber quais dos métodos seria o melhor para ensinar os surdos, Língua de Sinais ou o Oralismo. Vários motivos levaram a escolha do método oralista entre eles a idéia de que sem fala não existe pensamento. Muitos países, juntamente com Europa, adotaram o oralismo puro, houve afastamento dos professores surdos permanecendo apenas os docentes ouvintes. Os 100 anos de predominância do oralismo obtiveram poucos resultados quanto ao desenvolvimento da fala, pensamento e aprendizagem dos surdos. Existia uma preocupação apenas com o lado clínico da surdez. A língua de sinais ocorria apenas em ambientes escondidos, devido a isso a língua de sinais nunca se extinguiu, permanecendo como língua na vida dos surdos.
Quando perceberam que os surdos podiam aprender, iniciaram pesquisas e experimentos de diferentes metodologias e formas adaptadas de ensino. Entre elas:
Oralismo = baseia-se na crença de que a língua oral é a única forma possível de comunicação e desenvolvimento cognitivo para o sujeito surdo. A língua de sinais atrapalha o desenvolvimento da oralização.
Na década de 60 = foi proposto o uso simultâneo da língua dos sinais associada om a oralização, surgindo o modelo misto" Comunicação total"- consistia no uso simultâneo de palavras e sinais, uso da língua oral e da língua sinalizada.
Stokoe, início dos anos 60, começa a comprovar que as línguas de sinais são uma língua legítima, cm status linguístico, completa e complexa quanto qualquer outra língua.
As contribuições de Stokoe: Bilingüismo = propõe o acesso dos sujeitos surdos a 2 línguas no contexto social e escolar. Nessa ideologia de bilingüismo as crianças surdas precisam ser postas em contato primeiro com pessoas fluentes na língua de sinais, sejam seus pais, professores, etc.
Pedagogia surda = Skliar(1999), se constituem um programa de pesquisa em educação, onde as identidades, as línguas, os projetos educacionais, a história, a arte, as comunidades e as culturas surdas, são focalizados a partir da diferença, do seu reconhecimento político. O surdo é reconhecido como um sujeito completo e não como um sujeito deficiente, a quem falta algo. A Pedagogia surda não valoriza aquilo que falta, mas a cultura visual dos surdos em suas práticas.
A partir da metade dos anos de 1990, é introduzido a língua de sinais no currículo de escolas para surdos, começa-se a demonstrar o respeito à diferença surda. É desejo dos surdos que as escolas respeitem a lingua e a cultura surda e os preparem para o mercado de trabalho e meio social.
A luta pela inclusão educacional é questionada pelos surdos devido a estes permanecerem sob o poder de professores ouvintes, os quais ainda não dominam a língua de sinais.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

MENINO SELVAGEM

Ao iniciar o filme do Garoto Selvagem, torna-se agressivo e angustiante a "caça" a essa criança que foi abandonada e esquecida na floresta por sua própria família, após terem tentado matá-la. O modo como foi capturado e aprisionado numa prisão suja e fria é totalmente desumano, se analisarmos na atualidade, porém naquela época era uma prática muito comum, pessoas que nasciam diferentes eram totalmente abnegadas quando não assassinadas por serem anormais, estarem fora do contexto social.
Sua exposição na rua, mostra bem o desprezo das pessoas e a falta de sensibilidade com os "diferentes",amarrado pelo pé, como se fosse um animal sendo levado para a exposição.
Graças a curiosidade e dedicação do doutor Itard, que não acredita na tese de Truffaut, que considera-o inferior a um animal e mais idiota do que seus pacientes em Bicêtre. Itard diz que essa reação é devido ao tempo em que ele viveu isolado da civilização, que pelo seu entendimento é possível sim educá-lo. Decide assumir a responsabilidade por sua educação e levá-lo para sua residência, onde é bem recepcionado por sua governanta, que o recebe sem preconceito, sem nojo, pois o menino está em estado lastimável, ela acaba fazendo o papel da "Mãe" que ele nunca teve o privilégio de conhecer, recebe atenção, carinho e paciência de mabos os lados. O doutor e sua governanta são incansáves na luta para educar Victor, nome que ele recebe dos dois. Itard usa o método de Skinner, estímulo- resposta, e aos poucos Victor começa a se integrar ao novo meio, já põe a mesa, come usando garfo, começa a caminhar mais ereto, usa sapatos, etc. Até mesmo a emoção o menino aprende a demonstrar, as anotaçõe sod médico demonstram alegria pelos avanços na educação de Victor e ao mesmo tempo certa tristeza em não conseguir fazê-lo pronunciar as palavras. Sua memorização é impressionante, mesmo sabendo que tudo que ele faz é em prol de uma recompensa. Achei bonito e ao mesmo tempo triste o momento em que o médico deu-lhe um castigo,ao acertar certa atividade Victor ficou esperando sua recompensa, qual não foi sua surpresa quando Itard colocá-o dentro do quarto escuro, o desepero do menino em saber que o que tinha feito estava certo então porque receber aquele castigo, para o médico foi a glória, queria que o menino pudesse entender a grandiosidade daquele gesto.
A tristeza do médico quando o menino foge para a floresta, mas fica muito evidente que ele não consegue mais adptar-se novamente aquele meio, não conseguia encontrar sustento no meio da floresta, foi até a cidade roibar galinhas, não subia mais nas àrvores, nota-se ai a sua adaptação a nova vida. Esse filme ao meu ver é bem o retrato do desrespeito a pessoa surda, nessa época tratada como um anormal, a insensibilidade da maioria das pessoas é gritante, o isolamento delas em instituições, longe de suas famílias como se fossem um fardo muito pesado, uma vergonha, uma desonra ter um familiar surdo, diferente em casa. Ainda hoe encontramos pessoas preconceituosas, mas que não chegam ao cúmulo de atirar pedras, nem amarrar os surdos pelo pé para andar nas ruas. Graças a Deus podemos hoje nos comunicarmos com essas pessoas e ao contrário, termos a honra de aprendermos a conhecer essa língua de sinais ainda tão pouco difundida na sociedade dos ouvintes.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

EJA - NOVO DESAFIO

Hoje iniciei o trabalho particular de leitura e escrita com um adulto, ele tem 39 anos, estudou até a 3ª série, têm muitas dificuldades para ler e escrever. Estava imaginando que iria ter que começar lá das letras,sílabas com ele, mas qual não foi minha surpresa ao detectar que este adulto possui é uma baixa auto-estima, esta sempre dizendo que não sabe, que tem muito dificuldade em entender, etc. Primeiro passo foi explicar-lhe que todos temos capacidades sim, que ele precisa deixar de lado essa mania de se auto desmotivar, que assim como ele existem milhões de pessoas estudando, aproveitando hoje o tempo que perderam na época de crianças por N motivos. Que ele não teve ter vergonha de dizer que não sabe, que juntos iremos aprender muito e trocar muitas experiências, informações e conhecimentos.
Ele me disse que até freqüentou a EJA ano passado, mas não gostou. Chegava na escola cansado por trabalhar o dia inteiro,a professora conversava sobre o mundo, muitas brincadeiras, e aquilo que ele queria aprender ler e escrever melhor ela quase não trabalhava, então desistiu. Iniciei dando algumas dicas sobre a escrita, como pronunciar certas letras, depois usei o jogo do LINCE ALFABETO - TURMA DA MÔNICA, consiste no seguinte, retiramos uma cartela de um saco com um desenho, localizamos no retângulo maior e depois escrevemos o nome do desenho, fiquei com medo dele achar infantil, mas ele adorou o jogo, disse que é um jeito de fazer um ditado brincando.
Confesso que fiquei contente de iniciar esse desafio, sei que vou aprender muito com esse adulto, espero ajudá-lo muito também, não tenho experiência nenhuma com alfabetização de adultos e não gostaria que mais uma vez ele desistisse. Espero encontrar muitas respostas nesse semestre para mais essa caminhada.Que Deus me ilumine!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Práticas de leitura , escrita e oralidade no contexto doméstico e escolar

Desde que iniciei meu trabalho com as crianças em fase de alfabetização, sempre procurei fazer uma parceria com os pais no sentido de fazê-los estimular os filhos para a leitura e escrita, no entanto o que percebi durante todos esses anos é que estou numa luta quase solitária. Pais que estão mais interessados em olhar novela, conversar com a vizinha do que sentar e ler uma história, uma notícia, uma poesia para seus filhos. E por mais que se diga que esse trabalho é da escola, não concordo, pois os poucos alunos que chegam lendo e até escrevendo na escola possuem um bom alicerce na família e isso só motiva o trabalho do professor em sala de aula. Tenho em minha casa dois exmplos do que escrevi acima. Minha filha de 11 anos,saiu do pré formando sílabas, dois meses na primeira série e já estava lendo, a de 8 anos não fez o pré no entanto com 6 anos já estava lendo o que veio a ser uma surpresa para mim, um dia quando percebi estava escrevendo e lendo a mensagem de uma amiga no MSN, até hoje não sei como aconteceu esse processo. O que tenho certeza é que ambas sempre tiveram todos os recursos possíveis para a aquisição da escrita e leitura. Desde bebê semprelia histórias infantis para elas, lembro que um dia ao chegar da escola, entrei no quarto da minha filha mais velha( na época estava com 4 anos), ela sentada na cama com o livro do Pinóquio em frente aos olhos e contava a história com uma riqueza de detalhes que jurei que ela estava lendo. Ao questioná-la sobre o que estava fazendo, ela respondeu-me: - Ora mãe estou lendo!
Em minha casa nunca faltaram livros, revistas, gibis,jornais. Estamos sempre envolvidos em leituras e isso só vem beneficiá-las. Sempre dou esse exemplo nas reuniões de pais, para ver se consigo motivar as famílias de meus alunos, mas é um processo muito lento e difícil, pois colocar hábitos em pessoas que não estão muito dispostas a ajudar é complicado. Fico muito triste quando pergunto aos meus alunos, quem te ajudou a fazer tal atividade, a ler tal hsitória, e eles respondem ninguém prô, minha mãe e meu pai não tem tempo, ou minha mãe disse que agora não pode que é hora da sua novela. Para terem uma idéia do que falo nem os bilhetes que a escola manda eles não são capazes de ler.
Depois temos outro contexto que acaba desestimulando as crianças a lerem na escola, o tal de faça a leitura e depois desenho, pinte e responda tais perguntas, quer atividade mais chata do que essa. Segundo o curso que fiz com ANNA MARIA RANGEL, as crianças devem ler pelo simples prazer da leitura de um texto, de uma poesia de uma notícia e as interpretações cada um fará aquela que mais se adequar naquele momento, só assim conseguiremos formar leitores, sem cobranças e sem tornar a leitura algo chato e cansativo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Seu nome é Jonas.

O primeiro choque que recebemos ao iniciar o filme é detectar que Jonas ficou 3 anos e 4 meses internado com o diagnóstico de “retardado”. A inexperiência dos médicos e enfermeiros ao cuidarem tanto tempo de uma criança e não terem a sensibilidade, percepção de que o menino não escutava.
Ao retornar à casa já houve um certo preconceito quando a mãe relata aos tios que ele não consegue ouvir, a fisionomia de espanto, incredulidade é algo gritante. A ignorância do pai ao se dirigir ao menino sempre gritando, dando a impressão que ele dessa forma iria conseguir ouvi-lo ou até mesmo entendê-lo. O pai não demonstrava o mínimo de carinho, compreensão e atenção com o filho, chegando mesmo ao absurdo de dizer a sua esposa que preferiria que o menino ficasse internado a ter que vê-lo sendo apontado na rua e recebendo o apelido de “retardado”.
A primeira escola foi o retrato do horror, aquela série de repetições sem objetivo, o castigo que o menino levou por ter perdido a paciência com a professora que parecia um robô, somente repetindo frases. A intolerância da diretora ao referir-se sobre o uso dos sinais de linguagem chegando ao absurdo de proferir que as crianças ficam preguiçosas ao usá-las. Referindo-se também que se elas aprendem a se comunicar dessa forma quando adultos só irão se comunicar com os surdos.
A mãe mostrou-se uma guerreira durante todo o tempo, lutando contra tudo e todos, mostrando ao mundo que seu filho era uma criança normal e que poderia sim estar inserido nessa sociedade chamada “normal”, ele era apenas surdo! Acreditamos que sua ansiedade, sua angúsita em ver o sofrimento silencioso do seu filho foi a mola propulsora para sua busca incessante num modo de comunicação para seu filho, mas não uma comunicação automática, uma simples repetição de palavras sem significado, mas uma forma de comunicação onde ele conseguisse se comunicar com o mundo vivo que estava a sua volta.
A alegria de Jonas em conseguir identificar o significado das primeiras palavras em Libras foi lindo, o mais emocionante foi quando ele pediu para dizer mãe, como se aquele gesto fosse “muito obrigado mamãe por não desistir de mim”.
Acreditamos que atualmente ainda encontramos famílias semelhantes a de Jonas, temos uma sociedade muito preconceituosa e muito para ser desmistificado com relação a pessoa surda, para começar o título de “surdo-mudo” ainda é muito comum, e a perplexidade quando as pessoas descobrem que o surdo não é mudo, os próprios familiares encontram dificuldade em colocarem as crianças surdas nas escolas para os surdos, dificultando assim o aprendizado cada vez mais precoce dos mesmos.
**** Tenho uma colega que tem um filho surdo e é totalmente contra a inclusão das pessoas surdas nas escolas regulares, segundo ela a escola de surdos é maravilhosa, comentei sobre a sociedade de surdos se ela participa com ele, sua resposta foi de que acha muito cedo para levá-lo até lá, que quando for adulto poderá optar por ir conhecer, participar ou não, acha que no momento seu filho não precisa participar dessa sociedade. Pretende fazer um curso de intérpretes de sinais, pois acha que somente a língua de sinais familiar, se posso assim chamar, que usa com seu filho é pouca.

Comentando sobre os PA

Gostaria de deixar comentar sobre as apresentações dos colegas e a nossa própria. Chegamos nervosas no pólo, com a expectativa de novamente termos que falar ao grande grupo, falo mais por mim que não gosto de falar para muitas pessoas. Mas não tínhamos o que fazer somente esperar a hora de nossa apresentação. No início de nosso PA acreditava que não iríamos conseguir alcançar um bom trabalho, pela dificuldade em estarmos nos reunindo presencialmente, mas a necessidade de fazermos o projeto e a falta de tempo de todos ,acabou fazendo cair a minha dúvida provisória.
O trabalho transcorreu com muita animação de todos os componentes, talvez pela motivação em saber cada vez mais sobre um assunto que anda tão em evidência no nosso cotidiano. A cada descoberta sobre o assunto lá estava uma colega recheando nosso projeto. Acredito que o trabalho foi muito significativo para todas nós, pois partiu de uma angústia de todos, um desejo de saber mais e mais sobre algo tão novo no nosso meio docente a Inclusão e além de tudo isso, a nossa interação com o nosso objeto de aprendizagem.O que posso concluir com esse projeto de Aprendizagem sobre a Inclusão é que hoje já não tenho tantas angústias, tantas dúvidas sobre as pessoas com necessidades educacionais especiais, mas mesmo com toda a pesquisa, todo o trabalho, todas as conversas do grupo, ainda sou resistente em acreditar que a inclusão possa acontecer dentro de uma sala de aula super-lotada, com outros tantos problemas e tendo somente o professor titular para dar conta de tudo. Isso ao meu ver é um desrespeito ao ser humano e ao profissional da educação.
Observando a apresentação dos colegas ficou também evidente a participação e envolvimento de todos os componentes, pois ao contrário do que pensamos num PA, ninguém consegue ficar esperando pelos outros, pois é um compromisso que todos assumem visto que é o centro de interesse do grupo.

sábado, 26 de setembro de 2009

Respeitando o surdo
" Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa...
Quando eu rejeito a língua, eu rejeito a pessoa porque a língua é parte de nós mesmos...
Quando eu aceito a Língua de Sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem o direito de ser surdo.
Nós não devemos mudá-los, devemos ensiná-los, mas temos que permitir-lhes ser surdo. "

Terje Basilier ( psiquiatra surdo norueguês )
Terça-feira, Junho 16, 2009
Sign - Tube, o You Tube da Comunidade Surda
Sign-tube é um site de vídeos semelhante ao Youtube, porém com conteúdo feito na língua de sinais e portanto podendo ser tanto acessado por ouvintes que conheçam Libras, quanto por surdos. Um dos maiores sucessos da internet os últimos anos é sem dúvida o Youtube, onde quase todo tipo de vídeo pode ser encontrado, assistido ou postado por qualquer um. Porém, seu conteúdo aberto e que pode ser produzido por qualquer um é feito sem considerar as necessidades especiais de algumas pessoas, como por exemplo os surdos. Estes, até agora só podiam obter da internet o conteúdo visual, não podendo usufruir das informações sonoras que completam a maior parte dos vídeos do site.Pensando nisso a britânica DE (Deaf Entrerprise Partnership), que pode ser traduzida como “Associação Surda de Empresas”, um grupo de pessoas portadoras de deficiência auditiva que promove a inclusão de deficientes auditivos em colégios, universidades e locais tanto públicos quanto privados criou o Sign-Tube. Um site semelhante ao Youtube, porém com conteúdo inteiramente voltado para as pessoas com deficiência auditiva, sendo totalmente dispensável a necessidade de ouvir para compreender e usufruir do conteúdo postado nele.A DE diz que o site tem a função de unir as comunidades surdas da internet ao redor do mundo. A página, nas suas primeiras 12 semanas de sua criação em março de 2008, recebeu cerca de 1 milhão de clicks. Atualmente possui 545 membros registrados e 617 vídeos, que segundo estatísticas do site, foram assistidos cerca de 325.514 de vezes. O conteúdo é bem diversificado, tendo de tudo um pouco, variando desde mágicas de ilusionismo, vídeos pessoais a notícias. Quase tudo em linguagem de sinais. O site por enquanto possui um suporte de línguas limitado sendo escrito em inglês, italiano, polonês, esloveno e romeno.Marcelo da Silva Lemos, coordenador surdo do Projeto Libras é Legal (www.libraselegal.com.br) e diretor regional da FENEIS-RS (Federação Nacional de Educação e Interação de Surdos) diz que “a idéia do site é uma proposta interessante para aproximação da comunidade surda ao redor do mundo, porém a linguagem de sinais não é universal e a maioria dos vídeos que pode assistir estão com a linguagem de sinais inglesa (MCE) ou a espanhola (LSE)” e acrescenta que seria muito bom que pudesse ser incluído conteúdo em gestuno, a língua de sinais universal para uma compreensão de todos.Apesar disso, o Sign-tube parece cobrir bem sua proposta, pois segundo as estatísticas mostradas, ele vem crescendo bem neste período de um ano e se diversificado bastante. O que basta agora é ver o interesse de outras organizações de portadores de deficiência auditiva ao redor do mundo em incluir um conteúdo multilíngüe. O endereço da pagina é http://www.sign-tube.com/.
CS Imprensa.

Libras

Carta dos Direitos da Pessoa Surda
Em Portugal, a 27 de Abril de 2001, aquando do III Congresso Nacional de Surdos, na cidade de Beja, foram aprovados os seguintes direitos da pessoa surda[10]:

Primeiro artigo: língua gestual - este artigo esclarece que toda a pessoa Surda tem o direito de usar livremente a língua gestual, não podendo ser dela privada, deve ter acesso à LGP, acesso esse apoiado pelo Estado.
Segundo artigo: Vida associativa - mostra que todo o surdo tem o direito à participação na Vida Associativa, devendo ser o objectivo primário de toda a Associação de surdos a promoção da Vida da Comunidade Surda, afim de que a Cultura Surda seja conservada e desenvolvida.
Terceiro artigo: Vida Política e Cívica - os surdos tem direitos e obrigações, como todos os outros cidadãos de plena consciência, o que obriga a que sejam criadas as devidas condições para que a pessoa surda tenha acesso a uma informação e esclarecimentos plenos.
Quarto artigo: Projectos e Decisões - Todo o surdo tem direito à participação na vida cultural, social, política e económica do país, tem ainda direito à protecção contra a discriminação (privada, social ou profissional). A Comunidade Surda deve ser ser consultada antes de assuntos privados ou públicos relativos à Pessoa Surda serem decididos
Quinto artigo: Educação - todo o surdo tem direito à igualdade de oportunidades na educação, devendo essa prosseguir o desenvolvimento da personalidade surda, motivando o conhecimento da cultura, história e língua da Comunidade Surda. À Comunidade Surda deve ser reconhecido o direito de criar e de gerir os seus próprios estabelecimentos de ensino e formação.
Sexto artigo: Crianças Surdas Filhas de Pais Ouvintes - estes surdos também têm o direito a participar na vida da Comunidade Surda.
Sétimo artigo: Pais Surdos - os pais surdos devem ser respeitados ao exercerem o poder paternal.
Oitavo artigo: Formação Profissional e Emprego - o surdo tem direito a escolher o seu emprego e formação profissional. Ninguém pode ser privado do seu emprego em razão da sua Surdez.
Nono artigo: Serviços de Interpretação - todo o surdo tem direito ao serviço gratuito de intérpretes de língua gestual.
Décimo artigo: Justiça - Toda a Pessoa Surda tem direito ao uso oficial da língua gestual em Tribunal.
Décimo primeiro artigo: Informação e Cultura - todo o surdo tem direito ao acesso à informação e à cultura, através da língua gestual.
Décimo segundo artigo: Segurança - os surdos devem estar devidamente informados quanto à sua segurança.
Décimo terceiro artigo: Medicina - a pessoa surda tem direito de decidir submeter-se ou não a qualquer intervenção ou tratamento médico-cirúrgico. Nenhum tratamento da surdez, que possa afectar a sua integridade pessoal, pode ser imposto a um menor surdo.
Décimo quarto artigo: Acessibilidade - a pessoa surda tem direito aos meios de acessibilidade gratuitos, que permitam abolir eventuais barreiras provocadas pela surdez.
Décimo quinto artigo: Actividades Culturais, Desportivas e de Lazer - mostra este artigo que todo o surdo tem direito a aceder às actividades culturais, desportivas e de lazer.
Décimo sexto artigo: Respeito dos Direitos - toda a pessoa surda tem direito a que sejam respeitados os seus Direitos.
Décimo sétimo artigo: Surdos com Outros Problemas Físicos ou Mentais - toda a pessoa surda, mesmo que inclua deficiências a nível físico ou mental, deve ver respeitados todos os seus direitos de Pessoa Surda.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

EJA - Educação de Jovens e Adultos

A EJA é uma modalidade de educação básuca nas estapas do ensino fundamental e médio, tendo uma especificidade própria; atender os jovens e adultos, que por muitos motivos não puderam concluir seus estudos em tempo hábil e na idade própria. Sua principal função reintegrar essa camada social da população menos favorecida econômica e socialmente.
A flexibilização curricular,as caracterísitcas dos alunos, suas realidades e experiências permitem adequar os conteúdos de maneira que vá ao encontro das peculiaridades e especificidades dos alunos. Ela é também uma via de reconhecimento de si, da auto-estima e do outro como igual.
** Nunca trabalhei com a EJA, mas tenho colegas que já tiveram essa experiência e dizem ser maravilhosa. São pessoas adultas que estão ali(escola) para estudar, são participativos e valorizam o professor(diferente do que encontramos com os alunos adolescentes). Tenho uma colega que até junho trabalhava com alfabetização na EJA, porém numa bela noite ao chegar na escola, foi informada que não haveria mais aulas, enxugar pessoal docente, que os alunos seriam atendidos por voluntários, os quais não receberiam remunerações. Todos os professores uniram-se e fizeram uma revolução na escola, então a prefeitura voltou atrás e os deixou continuar com a EJA. Isso ao meu ver é mais um desrespeito dos órgãos competentes com os professores e alunos. Onde já se viu tirar profissionais habilitados para colocar voluntários para alfabetizar jovens e adultos. Enxugar gastos! E a qualidade onde fica? O respeito ao ser humano, enquanto estudante?

domingo, 13 de setembro de 2009

Plano de aula! Parece algo tão ultrapassado!

**Na minha escola descontando as estagiárias sou a única que ainda faço planos de aula. Recebo muitas risadas, caras torcidas por causa disso. Ouço colegas Pós-Graduadas comentando "meu planejamento trago aqui em minha cabeça"; "depois de 20 anos dando aula é bem capaz que irei voltar ao tempo do meu estágio; registrar meu dia em cadernos"; "depois que vocês sairem da Faculdade, não precisa mais fazer essas bobagens"; e assim por diante.Nunca me importei com esses comentários, achava mesmo que era antiquada, o planejamento me dá um senso de organização, de reflexão. Lendo o texto de Maria Bernadette Castro Rodrigues - Planejamento: em busca de caminhos, mostrou-me que não sou tão errada assim, que precisamos traçar metas para nosso trabalho, que o planejamento é o marco norteador para que tudo possa sair em consonância entre a prática e a teoria. Dizer que temos tudo na cabeça é bobagem!!
O que percebo no planejamento das estagiárias é a preocupação de não conseguir desenvolver todos os conteúdos que planejaram para tal dia, mas o planejamento não pode ser flexível?? E os problemas que encontramos no nosso cotidiano com nossos alunos que muitas vezes nós levam a dar uma aula totalmente fora do planejado, não será considerada como aprendizado? O que fazer para modificar essa visão tão arcaíca?
Vou revelar que não coloco meus objetivos nem minha avaliação daquela aula(temos na supervisão os objetivos já elaborados no início do ano letivo), mas faço uma reflexão e percebo que naquele dia o rendimento não foi tão significativo e analiso como poderei melhorar a próxima aula. Vou modificar meu planejamento diário e irei colocar os objetivos e a avaliação e ver quais serão os resultados.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O que é Língua de Sinais??



As Línguas de Sinais são línguas naturais das comunidades surdas. Tem estrutura própria, abrangem a gramática em todos os níveis: fonológico, semântico, sintático e pragmático.
Visto como um sistema completo, a língua de sinais é semelhante ao inglês ou qualquer outra língua. Seus elementos combinam uns com os outros, de modo visual em vez de auditivo.
As línguas de sinais podem ser aprendidas por qualquer pessoa. Ela é aprendida naturalmente entre os surdos das comunidades surdas. A criança surda que nasce na família ouvinte geralmente desconhece esta língua importante para sua entrada no mundo do conhecimento humano. É importante que a família se solidarize e conheça esta forma fácil de comunicação.
SURDO-MUDO: APAGUE ESTA IDÉIA
Num prímeiro momento, o surdo não é mudo e não gosta de ser chamado de surdo-mudo, ele pode falar. A fala geralmente vai ser uma aquisição natural no surdo. Isto foi provado pelas pesquisas feitas com surdos filhos de pais surdos que adquirem primeiro a língua de sinais e logo partem para a aquisição da língua oral.
RETIREI ESTE TEXTO DE UMA APOSTILA DA COLEGA ELISABETE(MÃE DE UM MENINO SURDO), FOI UMA FORMAÇÃO DE LIBRAS QUE ELA MINISTROU LÁ NA ESCOLA. NÃO POSSUI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
* Adorei a aula de ontem, professora Carolina e sua intérprete tinham uma sintonia incrível. Conhecer um pouco um mundo tão diferente para nós(ouvintes) é fascinante, a noite passou rápido e nem percebemos. A vontade é ter só aulas presenciais com as duas,mas como não é possível, vamos fazer o melhor possível virtualmente. Cheguei em casa toda boba, mostrando para minhas filhas alguns sinais, ao chegar na escola conversei com a minha colega citada acima, ela já me mostrou mais alguns sinais. Pretendo passar para meus alunos, mas quando estiver mais firme no alfabeto.
Sempre que via um surdo, me dava uma angústia parecia que eles queriam gritar e é claro não conseguiam, mas ontem a professora Carolina passou-me uma tranquilidade, uma paz, que não consigo explicar em palavras. É uma pena que a Língua de Sinais, não seja uma disciplina obrigatória dentro das escolas regulares fundamentais, pois seria tão bom se todos pudessem se comunicar com os surdos e não houvesse mais olhares preconceituosos contra essas pessoas.

Comênio "pai da didática"



Incrível ler o texto de Jan Amos Comênio, pensar que há 352 anos existiu uma pessoa tão interessada em modificar os rumos da pedagogia em sala de aula. Melhorando o trabalho do professor e estimulando a criatividade e interesse dos alunos. A luta de Comênio parece tão atual;compreender as necessidades e capacidades de cada indivíduo- ainda vivemos numa instituição que precisa "medir" o quanto as crianças sabem, aprenderam através de provas. O que eles querem aprender ou para que não importa, é preciso seguir os conteúdos. A igualdade do ensino para todos, estamos em 2009 e ainda não conseguimos chegar nesse patamar, será porque é mais útil para os poderosos terem grande número de analfabetos, para facilitar a manipulação!
A realidade dos alunos, pois segundo ele, a aprendizagem deve partir dos sentidos, da percepção, da experiência de cada um; esse é outro contra-ponto na aprendizagem a exigência para que os docentes tenham uma Graduação para que melhorem sua didática, sua práxis, parece estar surtindo tantos efeitos, pois após o recebimento dos diplomas tudo volta a ser como sempre foi.Professores despejando conteúdos, alunos escutando( não estou generalizando), estou escrevendo o que eu percebo nesses meus 10 anos de docência.
O bom relacionamento entre alunos e professores, fator de estimável valor quanto mais as crianças possuirem um laço afetivo com seus professores melhor o desenvolvimento cognitivo( se não houver outros agravantes).
Enfim Comênio foi e continua sendo uma presença forte entre educadores que esperam mudar sua prática e a de seus alunos.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Texto "O menininho"

**Ao fazer a leitura do texto "O menininho", senti certa tristeza, em saber que ainda temos professores iguais ao da história. Docentes que fazem as crianças apenas reproduzirem aquilo que acham correto, sem instigar os alunos a serem agentes de sua aprendizagem. Que adultos teremos? Pessoas que apenas esperam para copiar dos outros? Que profissionais estarão atendendo outros cidadãos? E somos nós os responsáveis por essas futuras catástrofes!!! E o mais interessante é perceber que a maioria desses docentes já passaram por um banco de Universidade, já têm sua Graduação, mas na prática nada muda, será por medo do novo? Ou acomodação?
Analisando toda caminhada de Pead, tenho certeza que não quero ser mais uma a simplesmente engavetar meu diploma, quero ser uma professora que possa modificar sua prática em aula e que possa fazer a diferença na vida de meus alunos, tem momentos que parece que tudo está errado em minha prática, mas ao mesmo tempo analiso que alguma coisa está certa! Sei lá pareço o menininho que não sabe o que fazer, então volta a desenhar a flor vermelha do caule verde.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Linguagem e Educação

Gostei muito da aula presencial de ontem. A professora Thaise parece muito apaixonada pelo que faz, estou cheia de dúvidas e inquietações, pois trabalho com uma turma de 1º ano (9 anos), e quero realmente modificar minha prática em sala de aula, não quero dizer que o meu fazer docente até agora foi errado, mas acredito que quanto mais experiências trocarmos, atividades aprendermos, melhor será nossa prática em sala. A alfabetização é algo que me encanta e chama atenção, espero aprender bastante nessa interdisciplina. Estou a 10 anos trabalhando com alunos em fase de alfabetização. Ás vezes me questiono será que estou no caminho certo? O que estou fazendo de errado? O que estou fazendo certo? Como posso mudar? O que mudar?

Recomeço

Estamos novamente retornando aos estudos. Reta final no que se refere a teoria! Me emociono ao pensar que 2010 estaremos com nossa Graduação em mãos, assim espero!!!
O tempo passa rápido demais, lembro quando iniciamos 4 anos e meio, parecia tão longo, tão distante. Quantos dias em frente a uma máquina(nosso caderno), quantas angústias, vontade de desistir, choro, mas sempre com uma certeza precisamos terminar, só o que não tem remédio é para a morte, o restante temos que encontrar forças, coragem e seguir em frente.
Muito agradeço a paciência dos tutores, dos professores, dos meus familiares pela compreensão, pela força. As minhas queridas filhas, meus tesouros, o incentivo para vencer a cada dia.
Vamos em frente e que Deus nos encha de saúde, coragem, forças, sabedoria para ir até o fim dessa jornada. Obrigada a todos e principalmente a Deus.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Relação texto Kant e Adorno

Kant nos mostra que é na infância que a criança mais precisa de cuidados, esse cuidado reflete a disciplina e a instrução como formação inicial. Através da disciplina o indivíduo transforma sua animalidade em humanidade. Sabendo que o ser humano não tem instinto e que precisa por si mesmo formar seu projeto de conduta, necessitando que outros o façam por ele. É nesse ponto que Adorno escreve que é na primeira infância que podem ser criados os futuros criminosos, pois se esse indivíduo tem em seu meio mestres ruins, dificilmente poderá se transformar numa pessoa de boa índole. Podemos usar como exemplo: aquele homem (pai -tio)marginal, que apareceu na televisão ensinando o filho e a sobrinha a assaltar e ao mesmo tempo dar coronhadas nas pessoas. Uma geração educa a outra, nesse caso da pior forma possível.
Adorno diz que quanto melhor tratarmos as crianças, mais chances terão de se tornarem pessoas conscientes e educadas. No entanto, devemos observar os dois lados, crianças que são super-protegidas não desconfiam da crueldade que os cercam e podem estar expostos à barbárie uma vez que deixam a proteção dos adultos. Aqueles que vivem num ambiente de agressividade, aprendem a agredir, ou melhor aqueles que são tratados com brutalidade aprendem a serem brutos com os outros. Na escola são retratados dois aspectos bem distintos: pais que não estão dispostos ou sem tempo para cuidar dos filhos, principalmente da vida escolar. As crianças mostram-se agressivas, desleixadas, etc. Aqueles que não deixam os filhos caminharem sozinhos, passam o tempo inteiro ao redor dos mesmos, sem que eles venham a ter autonomia em seus atos. A força verdadeira contra a reincidência de Auschwitz seria a autonomia, a força para a reflexão, a autodeterminação e para a não participação.
A escola deve ser o meio pelo qual as crianças devem encontrar momentos para auto-reflexão, os docentes devem mostrar aos alunos os problemas que estão no cotidiano e fazê-los analisar os prós e contras de cada um deles, somente através da discussão orientada e democrática, poderemos ajudá-los a desenvolverem a sua autonomia e sua autodeterminação para escolherem os caminhos mais significativos em suas vidas.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Para refletir!!!

Todo mundo pensando em deixa um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta??? Reportagem do Jornal ABC - DOMINGO, 14/06/09.
Essa questão surgiu num congresso sobre vida sustentável- e a frase encontrou ecos em muitas consciências. Cresce entre os pais a preocupação de como educar seus filhos num mundo marcado pela violência e no qual valores como honestidade e solidariedade estão cada vez mais diluídos.
Pode-se corrigir sem apelar para a mera repreensão? Como impor limites sem autoritarismo?
A pedagoga Bianca de Oliveira Cardoso e seu marido, o vendedor Régis Fabiano Cardoso, dizem que é preciso impor limites sem autoritarismo.Não esconder a realidade, mas tentar esclarecer a criança. É com firmeza, clareza, honestidade e carinho, que eles conseguem impor autoridade à sua pequena filha de 5 anos.
Os pais dizem que procuram mostrar para ela valores da família, que o ser é mais importante do que o ter, que o dinheiro não compra tudo. O casal fala que estão sempre atentos ao que a menina assiste na televisão, e quando ela ouve um noticiário(aquele em que a menina morreu ao cair do nono andar de um prédio), aproveitam para explicar a importância das telas de proteção das janelas, mas eles acreditam ser uma exceção entre as famílias atuais.
O psiquiatra da infância e adolescência Jefferson Escobar- constata que "houve uma inversão de padrões nas últimas décadas." Nos últimos anos, o núcleo familiar perdeu o papel determinante na formação do caráter das crianças e dos jovens- e isso independe de classe socioeconômica.
A autoridade paterna anda sumida em muitos lares. Os pais não dedicam tempo suficiente para cuidar de seus filhos. As crianças passam a maior parte do tempo na frente das babás eletrônicas, televisão e computador. O resultado é uma geração mais desorientada, carente de um embasamento mais sólido a respeito de limites, respeito com os outros, solidariedade e outras regras básicas de convivência. A nova geração cresce num ambiente social que cultua a individualidade e, até por isso, abre a porta para a violência.
O psiquiatra Jefferson, observa que há hoje uma inversão de padrões que põe as crianças em situação de risco. Uma transformação social que colocou em primeiro plano o prazer imediato em detrimento da ética. "Eu quero, eu pego." E a busca do prazer imediata, quando frustrada, pode se tornar um combustível para a violência.
A ausência da figura paterna- aquela que ensina a criança a ter atitudes moralmente mais responsáveis. É aqui que se detecta uma das raízes da situação atual. Nas últimas décadas a autoridade paterna( pode ser pai, mãe ou outro responsável) começou a desaparecer. Com o processo de aberturapolítica, passamos do "tudo proibido" para o "TUDO PERMITIDO". Os pais abriram mão, ainda que involuntariamente, da autoridade na formação dos filhos. E é justamente isso que precisa ser resgatado:coloca regras, impor limites e acompanhar com mais atenção o dia-a-dia das crianças.
O probleam não se restringe ao ambiente familiar e deságua caudalosamente no cotidiano escolar. O professor titular da Faculdade de Educação da UFRGS Fernando Becker, diz que a sociedade costuma se enganar sobre a função da escola. O ensino formal, esclarece, é continuidade de um processo que deve ser iniciado no núcleo da família. "À escola cabe apenas prover o indivíduo do conhecimento e da formação que a família não pode oferecer."
Becker reconhece que os professores estão despreparados, seja no conteúdo que ensinam, seja na forma de lidar com estudantes rebeldes. Segundo ele o professor deve exercer a autonomia do saber e não do poder. Em caso de violência por parte do aluno, deve entregar o caso para autoridades. E ele precisa trabalhar com uma pedagogia aberta, sem autoritarismo e sem deixar as coisas como estão para ver comoficam. E devetornar o aluno mais atuante no processo do conhe
cimento.
OBSTÁCULOS-dentor da preocupação de como as crianças e jovens são educados, os dados são pouco animadores.
ESCOLARIDADE- O Fundo das Nações Unidas para a Infância(Unicef) revelou neste mês que 97,6% das crianças brasileiras entre 7 e 14 anso estão nas salas de aula, A procentagem rpresenta 27 milhões de estudantes.
Mas o Unicef chama a atenção para os 2,4% restantes. São 680 mil sem escola, a maioria formada por crianças negras, indígenas, quilombolas, pobres, sob o risco de violência e exploração, e com deficiência.
TRABALHO INFANTIL - Conforme o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, o número de menores trabalhando caiu cerca de 50% de 1992 a 2002. Mas ainda há cerca de 2,5 milhões de crianças e adolescentes menores de 15 anso trabalhando no Brasil.
EVASÃO ESCOLAR- Segundo a Fundação Getúlio Vargas(FGV), o grau de evasão na grande Porto Alegre entre jovens de 15 a 17 anos - chega a 18,7%. Trata-se da segunda pior taxa de evasão escoar ente as seis principais regiões metropolitanas do Brasil.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Que Auschwitz não se repita!!!

“É primordial para a educação que Auschwitz não se repita”.
Impossível conceber que toda a barbárie ocorrida a mais de 25 anos, foi comandada por pessoas que tiveram uma formação educacional. No entanto, não descartamos a possibilidade de que toda essa monstruosidade venha a ocorrer novamente, os homens vivem muitas vezes em estados de inconsciência.
O genocídio ainda existente apresenta suas raízes na ressurreição do nacionalismo agressivo que houve em vários países nos finais do século XIX. Pessoas matam grupos sociais e até familiares sem saberem explicar o por que de tal crueldade. Quantos casos vemos, ouvimos e lemos, no rádio, na televisão e nos jornais, maridos que matam mulher, filhos, sogras, cunhados(as), filhos que matam ou contratam alguém para matar os pais. Enfim é uma barbárie que retrata bem a falta de valores. Segundo o texto “não adianta apelar para valores externos com pessoas inclinadas para o genocídio”, precisamos fazê-los refletir sobre todo o mal já refletido na sociedade, para que talvez não voltem a cometê-los.
A escola precisa trabalhar desde a primeira infância, ou seja, na educação infantil com auto-reflexão crítica, pois como mostra a psicologia é nesse estádio que se formam os indivíduos capazes de perpetuar tais crimes. Podemos observar dentro das salas de aula, como existem crianças malvadas, que machucam os colegas por pura sensação de superioridade, e como as famílias muitas vezes passam a mão por cima dos erros de seus filhos, sempre colocando a culpa no outro (se meu filho fez isso é porque fizeram primeiro), ou ( eu já disse se te baterem mete a mão, tu não tem que apanhar de graça), são palavras que acabam incentivando as brigas, as desavenças, e nós professores ficamos sem saída, pois trabalhamos sempre objetivando a paz e a serenidade dentro da sala, da escola. Percebemos dia-a-dia, à violência dos alunos,a falta de compreensão, de coleguismo, enfim estamos sempre com a impressão de remar contra a maré.
Outro fator que compromete o trabalho do educador é a “claustrofobia da humanidade- sensação de clausura num contexto socializado e densamente estruturado. Quanto mais apertada a rede, mais quer-se sair dela, embora sua estreiteza o impeça. Aumentando a raiva contra a civilização, revolta brutal e irracional”. Esse é o tipo mais comum dentro das salas de aula, alunos que de uma hora para outra viram de cabeça para baixo, ou seja, crianças que nunca apresentaram problemas comportamentais, ao se depararem com líderes negativos (rebeldes, malandros) se voltam para o lado da malandragem, nesse ponto acredito que a mídia possui grande influência negativa, pois estão sempre apresentando pontos negativos e que acabam tendo resultados positivos. Adolescentes que matam, roubam, fumam e que não podem ser condenados, presos, por serem de menores de idade. Ou então, passam algum tempo reclusos e saem fazendo atrocidades piores.
Na minha escola, alunos brigam na sala, batem nos colegas e não recebem nenhum tipo de punição, isso acaba reforçando a malandragem, demonstrando que escola e professor estão cada vez mais desmoralizados.
Vivemos numa sociedade onde os meios de comunicação distorcem os valores que procuramos trabalhar em aula. Sabemos que as famílias estão totalmente desestruturadas, pais que dão presentes para os filhos para não precisarem sentar para conversar, não auxiliarem com o tema, para saber como foi o dia da criança, enfim o amor, carinho, confiança, estão perdendo lugar para os brinquedos, os DVDS, as roupas, os calçados, é o chamado mercado de consumo. Por outro lado temos crianças que não encontram atenção de jeito nenhum dos pais, nem mesmo quando a direção faz o convite para que venham conversar sobre seus filhos, a resposta quando mandam é que não possuem tempo. Tudo isso a criança percebe e acaba interiorizando a falta de interesse dos pais. O que esperar de uma criança que não possui atenção, só recebe desatenção e xingamentos” aquele que é duro contra si mesmo adquire o direito de sê-lo contra os demais e se vinga da dor que não teve a liberdade de demonstrar, que precisou reprimir.” Então a forma que esses indivíduos encontram para se libertarem dessa dor, dessa falta de amor é voltando-se para a malandragem, para o mundo do crime, são os chamados líderes de gangues, chefes do tráficos,etc.
Enfim, a educação é primordial para que se evite um retorno a Auschwitz, “precisamos entender como se produz o caráter manipulativo para depois, pela modificação das condições evitar o seu reaparecimento na medida do possível”.
Com a leitura deste texto percebo que muito temos a trabalhar dentro das escolas, pois temos uma sociedade inteira que conspira contra a instituição escola, enquanto os professores tentam trabalhar com a auto-reflexão, com os valores, encontramos fora dali, meios que fornecem todo um endeusamento no bens materiais e superficiais ( que dão prazeres momentâneos), e infelizmente é por ai que corremos o risco de renovarmos a monstruosidade de Auschwitz.

Os índios no Brasil

Fazendo uma reflexão sobre o texto "Os índios no Brasil: quem são e quantos são", escrito pelo representante do povo Baniwa, Gersen dos Santos Luciano. É impressionante identificar que pessoas que aqui viviam muito antes da chegada dos européus, cuidando e preservando a terra, retirando dela somente o essencial para seu sustento, foram dizimados por indivíduos ambiciosos e sem sentimentos. Observar essa dura realidade em que no ano de 1500 haviam cerca de 5 milhões de índios. E atualmente segundo estatísticas do IBGE existem cerca 700.000 índios em todo o Brasil. Pessoa que precisaram renegar suas origens, suas etnias, para conseguirem sobreviver e quem sabe hoje recontar sua história através de seus descendentes.
E nós enquanto professores não estamos contribuindo em nada para que se reconstrua a auto-estima identitária do povo indígena.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

AUTISMO

O termo autismo vem do grego “autós” que significa “de si mesmo”.

AUTISMO

O que é?

Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.

O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.

Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.

Causas

A causa do autismo não é conhecida. Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica).

Sintomas e diagnóstico

Uma criança autista prefere estar só, não forma relações pessoais íntimas, não abraça, evita contato de olho, resiste às mudanças, é excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos atos e rituais. A criança pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho, ou pode não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada. Quando falamos com a criança, ela freqüentemente tem dificuldade em entender o que foi dito. Ela pode repetir as palavras que são ditas a ela (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria.

Sintomas de autismo em uma criança levam o médico ao diagnóstico, que é feito através da observação. Embora nenhum teste específico para autismo esteja disponível, o médico pode executar certos testes para procurar outras causas de desordem cerebral.

A maioria das crianças autistas tem desempenho intelectual desigual, assim, testar a inteligência não é uma tarefa simples. Pode ser necessário repetir os testes várias vezes. Crianças autistas normalmente se saem melhor nos itens de desempenho (habilidades motoras e espaciais) do que nos itens verbais durante testes padrão de Q.I. Acredita-se que aproximadamente 70 por cento das crianças com autismo têm algum grau de retardamento mental (Q.I. menor do que 70).

Entre 20 e 40 por cento das crianças autistas, especialmente aquelas com um Q.I. abaixo de 50, começam a ter convulsões antes da adolescência.

Algumas crianças autistas apresentam aumento dos ventrículos cerebrais que podem ser vistos na tomografia cerebral computadorizada. Em adultos com autismo, as imagens da ressonância magnética podem mostrar anormalidades cerebrais adicionais.

Uma variante do autismo, às vezes chamada de desordem desenvolvimental pervasiva de início na infância ou autismo atípico, pode ter início mais tardio, até os 12 anos de idade. Assim como a criança com autismo de início precoce, a criança com autismo atípico não desenvolve relacionamentos sociais normais e freqüentemente apresenta maneirismos bizarros e padrões anormais de fala. Essas crianças também podem ter síndrome de Tourette, doença obsessivo-compulsiva ou hiperatividade.

Assim, pode ser muito difícil para o médico diferenciar entre essas condições.

Prognóstico e tratamento

Os sintomas de autismo geralmente persistem ao longo de toda a vida.

Muitos especialistas acreditam que o prognóstico é fortemente relacionado a quanto idioma utilizável a criança adquiriu até os sete anos de idade. Crianças autistas com inteligência subnormal - por exemplo, aquelas com Q.I. abaixo de 50 em testes padrão - provavelmente irão precisar de cuidado institucional em tempo integral quando adultos.

Crianças autistas na faixa de Q.I. próximo ao normal ou mais alto, freqüentemente se beneficiam de psicoterapia e educação especial.

Fonoterapia é iniciada precocemente bem como a terapia ocupacional e a fisioterapia.

A linguagem dos sinais às vezes é utilizada para a comunicação com crianças mudas, embora seus benefícios sejam desconhecidos. Terapia comportamental pode ajudar crianças severamente autistas a se controlarem em casa e na escola. Essa terapia é útil quando uma criança autista testar a paciência de até mesmo os pais mais amorosos e os professores mais dedicados.

Lista de Checagem do Autismo

A lista serve como orientação para o diagnóstico. Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.
Dificuldade em juntar-se com outras pessoas,
Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina,
Risos e sorrisos inapropriados,
Não temer os perigos,
Pouco contato visual,
Pequena resposta aos métodos normais de ensino,
Brinquedos muitas vezes interrompidos,
Aparente insensibilidade à dor,
Ecolalia (repetição de palavras ou frases),
Preferência por estar só; conduta reservada,
Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente,
Faz girar os objetos,
Hiper ou hipo atividade física,
Aparenta angústia sem razão aparente,
Não responde às ordens verbais; atua como se fosse surdo,
Apego inapropriado a objetos,
Habilidades motoras e atividades motoras finas desiguais, e
Dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras.


http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?44 (Consultado em 03/06/09, às 15:44)

terça-feira, 26 de maio de 2009

É brincadeira, as coisas que acontecem dentro da escola

Recebemos hoje na escola uma moça, para ser monitora dos alunos de inclusão. Ela atenderá a turma de 2º ano e a minha de 1º ano mais especificamente. Após o recreio ela veio para minha turma, eu já estava com uma monitora na sala. Precisei descer para digitar um ofício para a diretora,e deixei as duas com as crianças. Não levou 10 minutos veio a monitora Marta, chamando desesperada que o aluno X,havia descido para tomar água e não queria ir para a sala, que a monitora da inclusão estava me chamando. Olhei para a Marta e respondi, mas a monitora da inclusão não é ela??? Porque esta me chamando?? Ela que se vire! Vá resolver o surto do aluno X.
Quando retornei a sala, parecia que tinha acontecido uma guerra dentro da sala, uma bagunça, uma sujeira!!
Fiquei pensando, é tão fácil achar defeitos nos professores, mas quem é que aguenta tudo sozinho??? Que muitas vezes tem vontade sair correndo, de tantos problemas que possui em sua sala, mas continua firme, sem chamar ninguém!! Então vem pessoas dizendo que irão trabalhar com a inclusão e no primeiro problema que aparece já chama correndo o titular!! Vão se virar!!! Estão ganhando para ajudar, auxiliar e ainda querem moleza!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Professor sempre dá um jeito

Frente a esta gritante onda de violência que estamos vivenciando, seja na sociedade, na família e dentro das escolas. Eu e a professora Elisabeth (estamos responsáveis pela biblioteca), resolvemos fazer uma palestra sobre o tema VIOLÊNCIA, a SMED nos mandou o nome de um Frei que mora bem próximo de nossa escola, para ser o palestrante. Um rapaz bem jovem( 27 anos), já cursando sua segunda faculdade, trabalhando em prol das comunidades, e principalmente com jovens. Ele fez uma técnica, que achei bem interessante, convidou os jovens para fazer um passeio de barco, e que ficariam um mês numa ilha, então todos deveriam fazer sua mala e nela teriam que colocar 10 coisas que achassem de essencial valor. Iniciada a viagem, o capitão diz que o mar está turbulento e que eles precisam jogar fora 3 coisas, passado em tempo o capitão avisa que é necessário se desfazer de mais 3 coisas. Começa então o tumulto dos jovens, o que deixar e o que jogar fora. Passado mais algum tempo joguem mais 2 coisas, desespero total!! Quase chegando em terra firme é preciso jogar mais 1 coisa. E agora que escolha fazer, achei interessante um menino que disse assim - vou jogar fora meu irmão, e ficar com meu pai e mãe. O que posso fazer??
Então ao chegar em terra firme, o Frei questiona a eles, qual foi o item mais importante que sobrou, FAMILIA, JESUS, BÍBLIA, CELULAR, ROUPAS, CACHORRO, AMIGOS, ETC. Foram algumas das prioridades que surgiram. Novo questionamento, qual foi o momento mais difícil de fazer as escolhas? E na sua vida atual qual a coisa mais importante na sua escolha pessoal. Quais os valores que vocês estão priorizando e suas vidas?
A palestra continua, mas o resumo da palestra foi assim, vocês estão na idade mais fácil de fazer escolhas, mas precisam ter o cuidado de escolhar o caminho certo, pois a vida e "os amigos" nos levam por estradas não tão confiáveis, e precisamos saber dizer Não no momento certo, pois depois poderá ser tarde demais.
Impressionante,como a família está cada vez mais longe da escola, essa palestra foi estendida aos pais e responsáveis dos alunos, temos no turno da manhã uns 150 alunos, SEIS pais compareceram. Um deles inclusive nos deu a idéia de fazermos um projeto, para estender até o final do ano esse assunto. Ele achou muito boa a palestra e interessante que seja trabalho mais profundamente com os alunos problemas da escola. Essa é a nossa missão, lutar contra a maré, no caminho que estão todos voltando, nós estamos indo em busca de uma verdade que ás vezes parece ser somente do professor, que está sempre com a esperança de fazer a diferença.

Inclusão só com laudo???

Temos m minha escola duas turmas de 1º ano, uma no turno da manhã com 8 alunos, e a minha no turno da tarde com 20 alunos. Sendo que nessa turma da manhã tem um menino bem complicado, ele toma remédios para um problema que tem na cabeça( a mãe não sabe bem o nome do problema, só que é uma parte do cérebro que tem problema). Mas como para a mantenedora o que importa é sala cheia, chamou a direção e mandou desfazer essa turma, passando todos para o turno da tarde. E a professora da manhã, irá assumir uma turma de pré que está para chegar.
A diretora me chamou e perguntou se eu aceitava os alunos, como dizer não, se preciso trabalhar e os alunos precisam estudar.
Pedi para a equipe diretiva me dar um suporte, pois tenho uma menina no turno da tarde, que não se enquadra com esse menino do turna da manhã. Tenho um com Fibrose Cística, outra com problemas de visão, três hiperativos, enfim problemas é que não faltam!!!!
Agora pergunto a todos, onde está a qualidade de ensino, de atendimento em uma sala de 1º ano com 28 crianças, e apenas uma professora para dar conta de todos.Até agora estava conseguindo dar um atendimento mais individual para aqueles que tem mais dificuldades, os mais lentos. E a partir de agora??? O que fazer??? Como agir???
O interessante é que as pessoas que hoje estão no comando da mantenedora, já passaram por uma sala de aula. Será que esqueceram da realidade que temos nas escolas??? Ou é mais fácil fechar os olhos, e deixar que os professores se virem do que jeito que conseguirem??
Essa éa inclusão que temos em nossas escolas, salas cheias, professor sem suporte, alunos cada vez mais problemáticos, famílias sem estrutura alguma, e VIVA O PROFESSOR!!! VIVA A INCLUSÃO!!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Organização básica do sistema nervoso.

Coordenar e controlar a maior parte das funções de nosso corpo, esse é o papel primário do SN - Sistema Nervoso.
A cada momento somos bombardeados por milhares de informações, porém armazenamos e utilizamos aquelas que sejam significativas para nós e descartamos as outras.
Aprendemos aquilo que vivenciamos e a oportunidade de relações e correlações, exercícios, observações, auto-avaliação e aperfeiçoamento na execução das tarefas fará diferença na qualidade e quantidade do que poderemos aprender no curso de nossas vidas.

LEFEVRE, diz:Desde o nascimento, o cérebro infantil está em constante evolução através de sua inter-relação com o meio. A criança percebe o mundo pelos sentidos age sobre ele, e essa interação se modifica durante a evolução, à medida que domina seu corpo.
A criança com deficiência não pode estar em um mundo à parte para desenvolver habilidades motoras. É preciso que ela receba os benefícios tecnológicos e de reabilitação em constante interação com o ambiente ao qual ela pertence.
O ambiente escolar é para qualquer criança o espaço por natureza de interação uns com os outros.
O aprednizado ganha mais sentido quando a criança está num ambiente de convívio e participação. A inclusão escolra é uma oportunidade para que a crinaça com deficiência física não fique a parte, realizando atividades meramente condicionadas e sem sentido.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O Clube do Imperador

Hundert, é um professor que apesar de trabalhar em uma escola tradicionalista, procura ser inovador e através de um campeonato, motiva os alunos a estudarem sobre um assunto não muito inspirador. Suas aulas transcorriam dentro da normalidade, até que surge em sua sala, um menino não muito convencional. No primeiro dia já chega querendo transgredir regras e desafiando o mestre.
O professor resolve procurar o pai de tal menino um conhecido senador, quando chega ao seu gabinete percebe o porque da rebeldia do mesmo, pois seu genitor não preocupa-se com a moral do seu filho e sim comos ensinamentos que a escola deve passar pra ele e qual a importância de tais conteúdos.
Hundert, resolve então mudar seu modo de agir com o rapaz, incentiva-o a estudar e diz que acredita em seu potencial, que se ele desejar poderá ser o melhor de todos.
Nas primeiras provas ele obtem bons resultados o que não acontece na penúltima avaliação, então o professor na esperança de estar ajudando-o, muda sua nota e classifica-o para a final, deixando assim um rapaz que teve boas notas fora da final.
No dia da prova oral final, o professor desconfia que tal aluno está colando, devido as suas atitudes, discretamente comenta com o diretor da escola, mas o mesmo manda-o ignorar a trapaça e continuar com a prova.O professor diante de tal dilema moral, desmascarar o trapaceiro ou correr o risco de ver ameaçado sua carreira profissional, pois iria mexer com pessoas de forte influência social, e poderia trazer prejuízos até mesmo para a escola.
O professor então resolve do modo que julga ser menos penoso para todos, faz uma pergunta que não encontra-se nos livros, mas que só os alunos que assistem a sua primeira aula é que saberão responder, pois trata-se de um homem que venceu na vida através de muita trapaça e que nenhuma contribuição trouxe para sociedade. O rapaz então diz que não sabe a resposta, dando a vitória merecida para seu colega. Foi triste ouvir o professor dizer para o rapaz que fracassou com ele. Entregar um diploma para alguém que passou seu tempo escolar somente incomodando e servindo de mal exemplo para os outros, acredito ser um fator que desmotive qualquer docente.
Passados vinte anos, eis que o professor recebe um convite para refazer a prova de Júlio César na casa do tal filho do senador. Ao chegar lá ouve do mesmo que desta vez estudou para a prova. No transcorrer da prova novamente o professor percebe que algo está errado, e verifica que no fundo da sala existe um homem que através de um microfone bem pequeno, passa as respostas para o filho do senador. E novamente revivendo toda a angústia do passado, obriga-se a calar, da mesma forma que vinte anos atrás ele faza mesma pergunta que não havia resposta nos livros,e desbanca agora o futuro candidato a senador. Só percebe essa triste realidade quando ouve o mesmo anunciar sua candidatura e pedir o apoio de todos os presentes.
Mesmo sabendo que a escola educa mas não consegue mudar o caráter de uma pessoa acho que no fundo o professor esperava encontrar um homem modificado. Mas ao mesmo tempo ele também tinha consciência de que tudo poderia ter sido diferente se no dia daquela prova a vinte anos atrás, tivesse desmascarado o tal menino, quem sabe era a chance que ele estava esperando de alguém mostrar que o erro e a trapaça não valem a pena mudando assim o destino de um jovem que tinha condições de vencer por seus próprios esforços.
Percebo que assim como no filme, muitas vezes nos encontramos diante de certos dilemas que naquele momento tal atitude parece mais acertada mas que depois de mais reflexão vemos que poderíamos ter agido de outra forma. Essa é a nossa realidade acertando com uns errando com outros, mas sempre com a esperança de que seja para o melhor daquela criança.

O cuidado dos colegas

Tenho um aluno como já citei no fórum de necessidades especiais com Fibrose Cística, precisa tomar enzimas antes de suas refeições. Esse ritual, digamos assim acontece desde o ano passado(pré-escola) os colegas já sabem e ajudam a cuidar para ver se o menino toma seu remédio, hoje achei tão bonito, estávamos na biblioteca após o recreio, e um colega perguntou para o menino:
- Fulano, tomou teu remédio hoje?
- É claro que tomei.
- Mas eu não vi, acho que tu tá me enganando!
- Tu é que tá enganado, eu tô tomando direitinho.
E assim continuou o assunto. Fiquei contente em perceber que não existe a exclusão entre os pequenos, quem exclui infelizmente são os maiores e até os pais. Pessoas mal informadas que muitas vezes pensam que aquela criança que precisa tomar medicamento periódico, que possui um jeito diferente da maioria é um ser de outro mundo.Enquanto docentes procuramos orientar para que a inclusão seja cada vez mais aceita, mas fica difícil quando temos uma maioria bem preconceituosa lutando contra a nossa palavra. É bonito perceber o cuidado que eles têm com esse coleguinha, que precisa tomar medicamento, para não ir parar no hospital.Pena que toda essa pureza daqui a pouco acabe, e alguns venham a se tornar adultos maldosos, arrogantes e prepotentes.
Fiquei pensando, porque todo o tarbalho que tivemos no semestre passao com nosso PA, não foi valorizado. Digo isso, pois é assim que sinto, fizemos tanto esforço, tantas pesquisas e agora simplesmente, nos mandam iniciar outro PA, observando os passos que o professor e tutores nos darão. Fiquei com a sensação de trabalho jogado fora! Porque não podemos simplesmente continuar com a mesma página e irmos aprimorando o que não ficou bem a contento dos professores. E como pegar o trabalho de pesquisa que pedimos a um aluno e simplesmente rasgá-lo, ou pedir a ele que ignore tudo o que fez e inicie novamente de uma outra maneira. Estão sempre nos dizendo que devemos valorizar a construção de nossos alunos, incentivá-los a pesquisar, e o que fazem conosco é totalmente o contrário. Espero que nesse semestre e nos próximos nosso PA, seja valorizado e que sirva realmente para nosso aprendizado, pois da forma como aconteceu, eu fiquei totalmente desmotivada a iniciar outro.
Quando li o trabalho de questões étnico-raciais, no qual deveria entrevistar 4 alunos negros, e questioná-los sobre "Como você se sente como aluno negro nesta escola", fiquei apreensiva será que não seria mal interpretada por esses pré-adolescentes. Mas resolvi encarar o desafio. Deixei bem claro que a entrevista seria muito confidencial e que ninguém dentro da escola saberia o que iríamos falar e que eles deveriam fazer o mesmo, isto é, não comentar com os outros o que conversamos.
A primeira surpresa que tive foi nenhum deles sofreu preconceito dentro da escola, por parte dos colegas, a não ser um deles que veio de outra escola e sofria de racismo dentro da mesma. O relato da menina que ouviu palavras maldosas de uma professora, foi bem angustiante, pois entre educadores não deveria existir esse tipo de discriminação. Nós sabemos que têm crianças que não tomam banho, não usam roupas limpas, mas sabemos também que existem diversas maneiras de falar sobre tal assunto. No entanto, temos docentes que não possuem essa sensibilidade, e acabam prejudicando o trabalho que levamos tempo para construir. Essa professora que disse certas coisas para algumas alunas,veio de outra escola, está chegando em um local diferente e não procura investigar para ver como as colegas atuam, como agem, para que o trabalho continue em construção.
Outra questão que chamou muito minha atenção, foi a de uma menina que tem 11 irmãos, mora numa residência bem humilde(são duas peças na casa), e seu projeto para o futuro é casar ter filhos, trabalhar num restaurante ou ser faxineira. Isso me fez refletir até que ponto nós estamos atuando positivamente na vida dessas crianças, será que não mostramos á eles que somente com o estudo, o esforço, eles poderão ter uma vida melhor do que a sua atual?
Pude verificar que a família possui sim, grande influência sobre a vida de seus filhos, e quando eles não percebem essa presença, essa força positiva, ficam desiludidos, sem motivação para irem em frente, em mostrar que podem vencer e mudar o rumo de suas vidas.
O menino que tem muito incentivo do pai( possui uma família bem constituída), tem belos planos para seu futuro, pretende ser um jornalista, ganhar bem ,ter uma esposa que trabalhe para adquirirem sempre mais, ter filhos que sejam bons alunos na escola, fiquei emocionada, pois no meio de tantos que mal sabem o que querem amanhã, encontrar uma criança de 11 anos com pensamentos tão positivos, tão bem direcionados mostra que vale a pena sonhar, em ver o dia que o racismo e preconceito serão eliminados de nosso vocabulário e da nossa vida.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Exclusão, não acontece só com alunos especiais

Depois de tudo que li nos textos sobre pessoas com necessidades educacionais especiais, realto que a inclusão x exclusão aconteça somente com crianças especiais. Temos nas escolas colegas que fazem distinção entre professores diplomados e não diplomados( como se um canudo fizesse alguém ser melhor ou pior), no entanto é assim que acontece no meio de docentes, pessoas que ao meu ver não deveriam ter esse tipo de preconceito, pois escola é um lugar em que devemos aprender mutuamente, com a troca de experiências, de atividades( certas ou erradas), pois aprendemos mais com os erros do que com os acertos.
Lendo Sócrates, percebi que precisamos fazer como ele, se preciso for lutar até o fim, mas termos consciência que não somos melhor do que os outros, que possuimos defeitos, somos pessoas que necessitam de ajuda e compreensão.
Estou tentando fazer como ele, lutando para conseguir meu espaço, dentro de uma instituição que deveria ser a primeira a não ter preconceito, a não excluir os outros, mas observo que é bem ao contrário, o discurso diverge da prática. Tenho colegas com um discurso maravilhoso, mas quando têm que por em prática é uma catástrofe. Tenho pena dessas pessoas que perderam um enorme tempo em uma cadeira de faculdade, tiraram seus diplomas, mas nada mudaram em seu cotidiano. Será que vale a pena estudar tanto e continuar como sempre?? Para que serve ter tanto orgulho??? Uma pessoa que vive humilhando os outros, será que sente o seu ego fortalecido???
Como um educador assim trabalha com seus alunos??? Que tipo de valores desenvolve com as crianças?? É uma pena que esse docentes ainda tem tanto tempo dentro das salas de aula!!! É só um desabafo!!!

domingo, 26 de abril de 2009

Estágios do Desenvolvimento

Para Piaget, o desenvolvimento da criança acontece por estágios, onde ocorre uma modificação progressiva dos esquemas de assimilação, favorecendo o indivíduo a interagir com o meio de diversas maneiras. Piaget não define idades rígidas para esses estágios, mas que estes se apresentam numa seqüência constante.
Estágio sensório-motor = de o a 2 anos (+ ou -): A atividade intelectual da criança é de natureza sensorial e motora. Característica principal dessa fase é a ausência da função semiótica, isto é, ela não representa mentalmente os objetos. A estimulação ambiental deve ser de natureza sensorial( visão, audição, tato, paladar e olfato) e motora (movimentos do corpo). As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.
Estágio pré – operacional = de 2 a 6 anos (aproximadamente): A criança desenvolve capacidade simbólica, já não depende unicamente de suas sensações, seus movimentos, já distingue um significador (imagem, símbolo ou palavra) do que ele significa (o objeto ausente).
A criança deste estágio é egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente no lugar do outro. Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação(fase dos por quês). Possui percepção global sem discriminar detalhes. Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Estágio das operações concretas = dos 7 aos 12 anos (aproximadamente): A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade... já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração. Desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
Estágios das operações formais = dos 13 anos em diante: ocorre o desenvolvimento das operações de raciocínio abstrato. Ocorre a liberação do objeto concreto. O sujeito torna-se capaz de raciocinar corretamente sobre proposições em que não acredita, ou que ainda não acredita, que ainda considera puras hipóteses. A representação agora permite a abstração total. Ela busca soluções a partir das hipóteses e não apenas pela observação da realidade.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

AULA 3 – APRENDIZAGEM


Sempre fui uma pessoa que apresentava muitas dificuldades para desenhar, representar pessoas então, eram somente aqueles bonequinhos com corpinho de palitinho. Cresci assim, e o tempo passou, quando iniciei no magistério vi essa dificuldade se acentuar, pois com as crianças pequenas precisamos muito do desenho para que eles façam associação com a letra. Mas o tempo sempre curto nos dois sentidos, fez essa dificuldade ser deixada para depois.
Este ano recebemos na escola a visita de um professor de desenho, veio divulgar seu trabalho com as crianças, e ao mesmo tempo ofereceu uma oficina para os professores. No primeiro sábado deste mês já tínhamos agendado a primeira reunião pedagógica de 4h, então o professor marcou a primeira aula.
Quando ele chegou na sala, perguntou quem sabia desenhar, ninguém levantou a mão. Trocou a pergunta, quem não sabia desenhar, todos ergueram a mão. Então ele disse que todos iriam sair desenhando, risadas geral. Imaginem, quem desenhou a vida inteira bonecos de palitinhos, em uma aula desenhar pessoas!!
Esse professor usa uma técnica bem interessante, usa letras para fazer os desenhos, quer dizer, parte de algo que a pessoa está sempre visualizando, letras existem por todos os lados.
Iniciou com os olhos, e ao mesmo tempo pedia que nós fizéssemos na nossa folha, foi brincando, rindo, quando me dei por conta tinha feito o primeiro boneco ( com pernas e braços) da minha vida Após passamos para o Ronaldinho Gaúcho, uma menina, um dragão, um coelhinho,índio (Pica-pau) Homer Simpson e para finalizar um sapo. A cada desenho eu vibrava e me encantava, algo que eu sempre quis fazer e num passe de mágica, lá estava eu, DESENHANDO.
Fui a aluna mais empolgada da aula! Quando o professor terminou sua aula, e iniciou nossas caricaturas, peguei um cartão que ele trouxe, e desenhei um menino que lá estava. Mostrei a ele e recebi elogios. Três dias depois ele retornou na escola, e mostrei três desenhos que havia feito( Bob Esponja, Puka, Smillingüido), ele elogiou-me novamente e comentou que eu sabia desenhar sim, só não sabia disso, havia bloqueado em algum momento e não tinha conseguido sublimar essa dificuldade. Estou tão segura, que hoje (09/04), minha filha menor, precisava fazer o corpo de um coelho, disse para mim que eu não sabia fazer, ao que respondi sei sim, traz aqui (estava fazendo meus trabalhos de faculdade, olhei para o rosto do coelho e fiz um corpo bem proporcional. Para quem lê parece uma bobagem, mas só para quem consegue uma vitória dessa é que sabe como é importante para nossa auto-estima.
Piaget (1976, p. 37) insiste na idéia de que conhecimento é ação, transformação e estabelecimento de relações, pois, “conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo....”
Aprender ou re-aprender a desenhar, depois de tantos anos foi novamente na escola que obtive essa oportunidade, talvez no mesmo lugar em que fui podada ( não lembro), uma aprendizagem individual e coletiva ao mesmo tempo, coletiva porque estávamos trocando idéias e sugestões, individual, porque eu estava agindo sobre o objeto de aprendizagem, estava estabelecendo relações das letras para formar as partes do corpo humano, do animal, enfim partindo de algo já conhecido, mas transformando-o ao mesmo tempo.
O material que utilizei para construção dessa aprendizagem nova foi o lápis, o papel, o formato das letras. No momento em que precisei fazer uma orelha, uma perna, precisava associá-lo a letra que seria mais semelhante para fazer aquela parte, quer dizer já existia um conhecimento prévio.
OBS: No entanto fiz a mesma atividade com meus alunos, como estamos na semana da Páscoa fizemos o coelhinho, e eles não apresentaram nenhuma dificuldade em representá-lo.
AULA 2 – AÇÃO


Trabalho com uma turma de 1º ano de 9, alunos com 6 anos de idade.
Técnica do cordão – reconhecendo cores primárias.
Objetivos desta atividade:
- conceituar as cores primárias;
- conhecer as cores primárias e suas variações de tonalidade;
- identificação e diferenças entre claro/escuro;
- observar as cores surgidas na sobreposição das primárias;
- valorizar os trabalhos abstratos.
Essa atividade será realizada individualmente, no entanto eles sentam em grupo. Os materiais que serão utilizados para a atividade, têmpera, pincel, folha ofício branca, cordão, pote para colocar água, papel higiênico para limpeza do pincele papel pardo.
1º momento: As crianças pegam um pedaço de cordão, o pincel, têmperas amarela, vermelha e azul. Fazem a pintura do cordão por pedaços, intercalando as cores, após colocam o cordão em cima do papel branco, friccionam com a mão o cordão e vão puxando com calma a ponta do mesmo. A seguir abrem a folha e lá irá aparecer desenhos abstratos.
2º momento: Após a euforia inicial, a exposição dos trabalhos na parede, voltamos a conversar sobre as cores. A professora questiona se ao nosso redor só temos cores primárias? Como será que surgiram as outras cores? Deixar os alunos expressarem suas idéias, em seguida convidá-los a fazer mistura das cores que acabamos de trabalhar, para ver o resultado que teremos. Fazer uma tabela em papel pardo, onde constará as cores misturadas e as cores que surgiram.
Piaget (1976, p .37) diz que “conhecimento é ação, transformação e estabelecimento de relações, pois conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo.”
Acredito que esta atividade proposta para os alunos vem de encontro a essa idéia de Piaget, pois todos eles conhecem as cores( alguns não sabem nomeá-las), vivem cercados por elas, mas muitos não sabem de onde surgiram. No momento em que elas começam a misturá-las aleatoriamente, e surgem outras cores, estão interagindo e transformando o objeto de estudo.
Nesse trabalho quanto menos o professor interferir melhor, a observação aqui é o que melhor se adapta, pois “é a ação do sujeito que possibilita a construção de suas estruturas cognitivas”.
Texto “O Dilema do Antropólogo Francês”

Ao iniciar sua pesquisa já deveria ter consciência que sua pessoa de algum modo iria causar impacto num meio em que era um total estranho. Mesmo os nativos tendo a ilusão de que homens brancos eram os mensageiros dos Deuses, o antropólogo não tinha o direito de omitir a verdade de tais nativos, no momento em que o antropólogo omite a verdade sobre sua verdadeira origem, e deixa os nativos acreditando somente nas suas crenças, já perdeu sua credibilidade junto aos mesmos, pois eles possuem o direito de saber a verdade sobre o que acontece no mundo fora da sua aldeia, até para que venham proteger-se de futuros intrusos, que poderão trazer a escravidão ou total destruição desse povo. Pode-se imaginar a frustração e revolta desses nativos, se um dia chegarem a descobrir da pior forma possível que brancos jamais foram mensageiros dos Deuses, e sim pessoas mal intencionadas, decididas a fazerem maldade com a ingenuidade e ignorância dos demais. Percebe-se também que o antropólogo na medida em que não desfaz a crença dos nativos, em outra ocasião poderá perder sua credibilidade perante a eles. Pois o mundo é redondo e dá muitas voltas , não pode-se pensar somente no hoje, o amanhã já está chegando e aí pode-se inverter os papéis. Ex: imaginemos que o antropólogo tenha ido embora do arquipélago e não desfez a crença, outros brancos mais espertos apareceram e fizeram misérias com tal povo, acontece o azar dele ter que voltar, agora já não encontrará mais os ingênuos nativos, e infelizmente não terá a mesma felicidade, talvez não consiga mais sair de lá. Do que adiantou não tentar interferir nessa cultura?
No momento em que ele resolveu partir para esse tipo de pesquisa, num lugar em que a cultura é totalmente diferente, deveria ter consciência de que de uma forma ou de outra sua interferência iria ocasionar riscos, tanto positivos quanto negativos.
Positivo, pois quando observa-se alguma cultura, tem-se a idéia de que a nossa é a mais certa, mais apropriada. Porém, os nativos tinham o direito de saber as “verdades” que ocorrem fora de seu arquipélago, até para poderem formar uma opinião dos futuros intrusos que por ali irão aparecer, melhor que aprendam com alguém mais informado, do que com pessoas inescrupulosas. Ter informações de outras culturas, não é ao meu ver tão ruim assim, pois faz com que as pessoas que a recebam possam reformular seus conceitos. Poderiam ambos trocar idéias de suas crenças e assim todos saírem beneficiados.
Negativo, se os nativos continuarem com suas crenças, com sua ingenuidade sobre os homens brancos, certamente só terão problemas com futuros visitantes. Se um dia vierem a descobrir a mentira do homem branco, certamente sua raiva e vontade de vingança estará mais acentuada. E acredito que ai sim o antropólogo poderá temer por sua vida.
Mesmo o antropólogo tendo receio por sua vida, achando que se desmentisse a crença deles poderia correr risco de vida, deveria ter arriscado, pois muitas vezes a verdade é o único caminho, no momento que que ele surgiu na frente dos nativos tanto suas vidas quanto sua cultura sofreram alterações.
Nasci em 29 de junho de 1970, sob o signo de câncer. Recebi o nome de Ana Beatriz, segundo minha mãe uma lembrança de uma linda menina que ela cuidou quando moça. Infelizmente minha mãe teve um aborto, e teve alguns problemas, os quais a impossibilitaram de ter outros filhos. Resultado sou filha única, quando pequena não ligava, hoje com meus 38 anos, sinto muito falta de uma pessoa com a qual pudesse trocar confidências, dividir dores, enfim um mano(a). Ás vezes, sinto inveja quando ouço alguém chamar pelo irmão(a). Mas mesmo assim cresci num ambiente cercado de amor, carinho e proteção. Mesmo sendo única, tive que aos treze anos sair para trabalhar num comércio cerealista, depois em supermercado, perfumaria, escritórios(médico e contábil), loja de bijuterias,etc. Em 1999, fui nomeada professora em Gravataí. Sou morena clara( leite), cabelos castanhos, olhos castanhos, possuo muitos sinais no corpo, mas tenho um igual ao de minha mãe, no pescoço do lado direito. Sou alegre, emotiva(meu marido diz que choro ate por comercial de televisão), prestativa, adoro limpeza, odeio bagunça, procuro me esforçar para ter o melhor e dar o melhor para minhas filhas. Fui mãe aos 28 anos e recebi meu 1º tesouro- Mariana (11 anos). Aos 31 nasceu meu 2º tesouro- Nathália, ambas a razão da minha vida. Aos 34 anos faleceu meu pai aos 65 anos, foi uma perda muito grande que ainda hoje dói, a saudade é muito presente, e por uma triste ironia do destino, ele faleceu no mesmo dia que minha filha estava fazendo 3 anos, incrível como a vida nos prega peças, dois sentimentos num mesmo dia, alegria por minha filha completar mais um ano de vida, tristeza -por ser mais um ano sem meu pai. Ele era um porto muito seguro para mim, fiquei muito perdida, mas aos poucos a vida vai voltando a seu prumo. Tive em minha vida duas perdas muito significativas, aos 16 anos perdi minha vó( uma companheira e tanto, uma pessoa muito forte, muito esforçada, que sempre enfrentou seus obstáculos de cabeça erguida). Algumas características que herdei de meus pais: mãe – sorriso, espontaneidade, agilidade, rapidez em fazer a as atividades, cabelo ondulado, sinais no corpo, força de vontade, honestidade, humildade. Pai- o formato dos pés, unhas, o nariz, alguns traços na fisionomia, uma mania de fazer um biquinho( quando está pensando, ou preocupado). Até meus 25 anos, falava pelos cotovelos, depois comecei a observar mais do que falar( meu pai era assim). Com ambos aprendi a ter respeito por todas as pessoas, o espírito de colaboração e a humildade acima de qualquer coisa.
EU E OS OUTROS

Procuro conviver bem com todos que me cercam, muitas vezes escuto coisas que magoam, mas não revido para poder viver num ambiente agradável. No meio profissional, sinto que tenho colegas verdadeiros que apreciam minha companhia, assim como têm aqueles que adorariam me ver pelas costas. Interessante como num meio de educadores, existam tantas pessoas maldosas, querendo ver o mal dos outros. (Esqueço que antes de serem educadores, são seres humanos). Assim como na vida pessoal, na profissional procuro sempre fazer o melhor para que meus alunos estejam num ambiente agradável de estudar. Estou sempre disposta a ajudar e isso causa aborrecimentos em certos colegas de trabalho, os quais sabem somente queixar-se das coisas, mas não fazem nada para ajudar a melhorar.
Na verdade não fico muito preocupada em saber se algumas pessoas gostam ou não de mim, nem Jesus Cristo agradou a todos, que dirá nós simples mortais. Acredito que precisamos prestar contas somente a ele, o resto é o resto. Faço minha parte enquanto, pessoa, profissional, mãe, esposa, aluna.
Escuto meus familiares dizer que sou muito parecida com tia Nelci (falecida), irmã de minha mãe, gosto de lavar as coisas de mangueira (só não lavo dentro de casa porque não dá), faço bastante comida e doces igual á ela, meu marido diz que quando prendo o cabelo no alto da cabeça, fico mais parecida ainda. Tenho uma barriga acentuada (igual as irmãs de meu pai), sou muito forte, não desisto fácil, como minha avó materna. Era também minha madrinha, pessoa da qual sinto muita falta, ela faleceu eu tinha apenas anos, foi uma perda muito grande na minha vida, éramos bem amigas. Gosto de cantar, tenho facilidade para gravar as letras das músicas, bem como um primo materno, sou da família “Lima”, quando nos reunimos sempre sai uma roda de cantoria. Meu avô materno, adorava pegar seu cavaquinho e cantar.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Para refletir

Todo homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo". (Edward Gibbon)

Aprendizagem - Piaget

Sempre fui uma pessoa que apresentava muitas dificuldades para desenhar, representar pessoas então, eram somente aqueles bonequinhos com corpinho de palitinho. Cresci assim, e o tempo passou, quando iniciei no magistério vi essa dificuldade se acentuar, pois com as crianças pequenas precisamos muito do desenho para que eles façam associação com a letra. Mas o tempo sempre curto nos dois sentidos, fez essa dificuldade ser deixada para depois.
Este ano recebemos na escola a visita de um professor de desenho, veio divulgar seu trabalho com as crianças, e ao mesmo tempo ofereceu uma oficina para os professores. No primeiro sábado deste mês já tínhamos agendado a primeira reunião pedagógica de 4h, então o professor marcou a primeira aula.
Quando ele chegou na sala, perguntou quem sabia desenhar, ninguém levantou a mão. Trocou a pergunta, quem não sabia desenhar, todos ergueram a mão. Então ele disse que todos iriam sair desenhando, risadas geral. Imaginem, quem desenhou a vida inteira bonecos de palitinhos, em uma aula desenhar pessoas!!
Esse professor usa uma técnica bem interessante, usa letras para fazer os desenhos, quer dizer, parte de algo que a pessoa está sempre visualizando, letras existem por todos os lados.
Iniciou com os olhos, e ao mesmo tempo pedia que nós fizéssemos na nossa folha, foi brincando, rindo, quando me dei por conta tinha feito o primeiro boneco ( com pernas e braços) da minha vida Após passamos para o Ronaldinho Gaúcho, uma menina, um dragão, um coelhinho,índio (Pica-pau) Homer Simpson e para finalizar um sapo. A cada desenho eu vibrava e me encantava, algo que eu sempre quis fazer e num passe de mágica, lá estava eu, DESENHANDO.
Fui a aluna mais empolgada da aula! Quando o professor terminou sua aula, e iniciou nossas caricaturas, peguei um cartão que ele trouxe, e desenhei um menino que lá estava. Mostrei a ele e recebi elogios. Três dias depois ele retornou na escola, e mostrei três desenhos que havia feito( Bob Esponja, Puka, Smillingüido), ele elogiou-me novamente e comentou que eu sabia desenhar sim, só não sabia disso, havia bloqueado em algum momento e não tinha conseguido sublimar essa dificuldade. Estou tão segura, que hoje (09/04), minha filha menor, precisava fazer o corpo de um coelho, disse para mim que eu não sabia fazer, ao que respondi sei sim, traz aqui (estava fazendo meus trabalhos de faculdade, olhei para o rosto do coelho e fiz um corpo bem proporcional. Para quem lê parece uma bobagem, mas só para quem consegue uma vitória dessa é que sabe como é importante para nossa auto-estima.
Piaget (1976, p. 37) insiste na idéia de que conhecimento é ação, transformação e estabelecimento de relações, pois, “conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo....”
Aprender ou re-aprender a desenhar, depois de tantos anos foi novamente na escola que obtive essa oportunidade, talvez no mesmo lugar em que fui podada ( não lembro), uma aprendizagem individual e coletiva ao mesmo tempo, coletiva porque estávamos trocando idéias e sugestões, individual, porque eu estava agindo sobre o objeto de aprendizagem, estava estabelecendo relações das letras para formar as partes do corpo humano, do animal, enfim partindo de algo já conhecido, mas transformando-o ao mesmo tempo.
O material que utilizei para construção dessa aprendizagem nova foi o lápis, o papel, o formato das letras. No momento em que precisei fazer uma orelha, uma perna, precisava associá-lo a letra que seria mais semelhante para fazer aquela parte, quer dizer já existia um conhecimento prévio.
OBS: No entanto fiz a mesma atividade com meus alunos, como estamos na semana da Páscoa fizemos o coelhinho, e eles não apresentaram nenhuma dificuldade em representá-lo.

AÇÃO - Piaget

Trabalho com uma turma de 1º ano de 9, alunos com 6 anos de idade.
Técnica do cordão – reconhecendo cores primárias.
Objetivos desta atividade:
- conceituar as cores primárias;
- conhecer as cores primárias e suas variações de tonalidade;
- identificação e diferenças entre claro/escuro;
- observar as cores surgidas na sobreposição das primárias;
- valorizar os trabalhos abstratos.
Essa atividade será realizada individualmente, no entanto eles sentam em grupo. Os materiais que serão utilizados para a atividade, têmpera, pincel, folha ofício branca, cordão, pote para colocar água, papel higiênico para limpeza do pincele papel pardo.
1º momento: As crianças pegam um pedaço de cordão, o pincel, têmperas amarela, vermelha e azul. Fazem a pintura do cordão por pedaços, intercalando as cores, após colocam o cordão em cima do papel branco, friccionam com a mão o cordão e vão puxando com calma a ponta do mesmo. A seguir abrem a folha e lá irá aparecer desenhos abstratos.
2º momento: Após a euforia inicial, a exposição dos trabalhos na parede, voltamos a conversar sobre as cores. A professora questiona se ao nosso redor só temos cores primárias? Como será que surgiram as outras cores? Deixar os alunos expressarem suas idéias, em seguida convidá-los a fazer mistura das cores que acabamos de trabalhar, para ver o resultado que teremos. Fazer uma tabela em papel pardo, onde constará as cores misturadas e as cores que surgiram.
Piaget (1976, p .37) diz que “conhecimento é ação, transformação e estabelecimento de relações, pois conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo.”
Acredito que esta atividade proposta para os alunos vem de encontro a essa idéia de Piaget, pois todos eles conhecem as cores( alguns não sabem nomeá-las), vivem cercados por elas, mas muitos não sabem de onde surgiram. No momento em que elas começam a misturá-las aleatoriamente, e surgem outras cores, estão interagindo e transformando o objeto de estudo.
Nesse trabalho quanto menos o professor interferir melhor, a observação aqui é o que melhor se adapta, pois “é a ação do sujeito que possibilita a construção de suas estruturas cognitivas”.

EU E OS OUTROS

É muito fácil falarmos dos outros,acharmos defeitos,falhas,dar elogios,criticar, enfim, "pimenta nos olhos dos outros não arde", como diz o ditado popular. Mas no momento que precisamos parar e analisarmos a nós próprios, é que percebemos que é mais difícil.
Nasci em 29 de junho de 1970, sob o signo de câncer. Recebi o nome de Ana Beatriz, segundo minha mãe uma lembrança de uma linda menina que ela cuidou quando moça. Infelizmente minha mãe teve um aborto, e teve alguns problemas, os quais a impossibilitaram de ter outros filhos. Resultado sou filha única, quando pequena não ligava, hoje com meus 38 anos, sinto muito falta de uma pessoa com a qual pudesse trocar confidências, dividir dores, enfim um mano(a). Ás vezes, sinto inveja quando ouço alguém chamar pelo irmão(a). Mas mesmo assim cresci num ambiente cercado de amor, carinho e proteção. Mesmo sendo única, tive que aos treze anos sair para trabalhar num comércio cerealista, depois em supermercado, perfumaria, escritórios(médico e contábil), loja de bijuterias,etc. Em 1999, fui nomeada professora em Gravataí. Sou morena clara( leite), cabelos castanhos, olhos castanhos, possuo muitos sinais no corpo, mas tenho um igual ao de minha mãe, no pescoço do lado direito. Sou alegre, emotiva(meu marido diz que choro ate por comercial de televisão), prestativa, adoro limpeza, odeio bagunça, procuro me esforçar para ter o melhor e dar o melhor para minhas filhas. Fui mãe aos 28 anos e recebi meu 1º tesouro- Mariana (11 anos). Aos 31 nasceu meu 2º tesouro- Nathália, ambas a razão da minha vida. Aos 34 anos faleceu meu pai aos 65 anos, foi uma perda muito grande que ainda hoje dói, a saudade é muito presente, e por uma triste ironia do destino, ele faleceu no mesmo dia que minha filha estava fazendo 3 anos, incrível como a vida nos prega peças, dois sentimentos num mesmo dia, alegria por minha filha completar mais um ano de vida, tristeza -por ser mais um ano sem meu pai. Ele era um porto muito seguro para mim, fiquei muito perdida, mas aos poucos a vida vai voltando a seu prumo. Tive em minha vida duas perdas muito significativas, aos 16 anos perdi minha vó( uma companheira e tanto, uma pessoa muito forte, muito esforçada, que sempre enfrentou seus obstáculos de cabeça erguida). Algumas características que herdei de meus pais: mãe – sorriso, espontaneidade, agilidade, rapidez em fazer a as atividades, cabelo ondulado, sinais no corpo, força de vontade, honestidade, humildade. Pai- o formato dos pés, unhas, o nariz, alguns traços na fisionomia, uma mania de fazer um biquinho( quando está pensando, ou preocupado). Até meus 25 anos, falava pelos cotovelos, depois comecei a observar mais do que falar( meu pai era assim). Com ambos aprendi a ter respeito por todas as pessoas, o espírito de colaboração e a humildade acima de qualquer coisa.